Deputados insistem em discutir sucessão na Câmara em reunião do PT

Publicado em 13/11/2014 - 14:52 Por Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 13/11/2014 - 15:54

Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, durante sessão extraordinária para debater pedido de urgência para projeto que suspende conselhos populares e votação de MP (Valter Campanato/Agência Brasil)

Em reunião, petistas insistem em discutir a sucessão de Henrique Alves (Valter Campanato/Agência Brasil)

Ministros e alguns dirigentes do PT descartam a possibilidade da legenda definir hoje (13) o nome que o partido apoiará para na disputa à presidência da Câmara, ocupada até o dia 1º de fevereiro por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Apesar disso, na reunião da bancada do partido, na Câmara, que ocorre à porta fechada, em Brasília, alguns parlamentares insistem em discutir o assunto e chegam a apresentar sugestões.

Do lado de fora, líderes tentam minimizar o assunto. A indicação está nas mãos de uma comissão integrada por José Guimarães (CE), Marco Maia (RS), o primeiro vice-presidente, Arlindo Chinaglia (SP), e o líder do PT, Vicentinho (SP). O grupo vai se reunir pela primeira vez na terça-feira (18) para definir o cronograma das conversas com os aliados da base do governo.

Na reunião desta quinta-feira, os nomes de Chinaglia, Maia e José Guimarães como eventuais candidatos, além do ex-ministro Patrus Ananias. O deputado Marco Maia, um dos nomes apontados não participou da reunião e enviou uma carta descartando o interesse em disputar a vaga.

Chinaglia admitiu que o assunto está sendo tratado por alguns petistas, mas disse que a indicação não deve ser divulgada nesta quinta-feira. Para ele, a fase é de sondagem mesmo diante da candidatura já anunciada pelo peemedebista Eduardo Cunha (RJ), que tem se debruçado em uma forte articulação com partidos de oposição e alguns parlamentares da base insatisfeitos com o governo. “Acho que o PT não tem que se orientar por nenhuma outra candidatura, tem que respeitá-las, mas temos que trabalhar para ver qual o melhor nome”, ponderou.

Segundo ele, não há prazo para uma decisão e sequer uma certeza de que o PT terá um nome próprio para a disputa. “Se um conjunto de partidos, a gente entender que tem nomes melhores em outras bancadas, não há nenhum problema. Nós topamos fazer este tipo de acordo”, disse.

Brasília - O líder do PT na Câmara, Vicentinho, disse que o partido só indicará o nome para presidir CCJ na próxima terça-feira (25). A CCJ é considerada a comissão mais importante da Câmara (José Cruz/Agência Brasil)

Ao contrário de colegas do PT, deputado Vincentinho diz que o partido terá candidato próprio na disputa à presidência da CâmaraJosé Cruz/Agência Brasil

Vicentinho mostrou outra versão e afirmou, categoricamente, que terá um nome do partido na disputa. “A definição é que vamos indicar um nome. Sem pressa, com a cautela necessária”, disse, descartando qualquer possibilidade de abrir mão da candidatura ainda que o PMDB opte por não apoiar Cunha e lance outro nome.

Se discordam em relação a isso, os dois petistas concordam que hoje não seria o dia para uma decisão e que o candidato terá que passar por uma fase de negociação com outras legendas antes de se confirmar como nome certo do PT. “É o nome para ser apresentado para outros partidos da base e da oposição. Nossa responsabilidade é grande”, ressaltou.

 

 

 

 

Matéria atualizada às 15h54 para acréscimento de informações.

Edição: Marcos Chagas

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