Aprovação do governo Dilma volta a crescer e atinge 40%, informa CNI/Ibope

Publicado em 17/12/2014 - 12:23 Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 17/12/2014 - 14:54

A aprovação do governo Dilma Rousseff voltou a crescer no último trimestre de 2014. Quarenta por cento dos brasileiros avaliaram o governo como ótimo ou bom, o que representa aumento de 2 pontos percentuais, ante os 38% registrados na pesquisa de setembro.

Os dados são da pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e foram divulgados hoje (17). Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 142 municípios, entre os dias 5 e 8 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é 2 pontos percentuais e o grau de confiança, 95%.

O percentual dos entrevistados que consideram o governo regular caiu de 33%, em setembro para 32% na divulgação de hoje e o dos que avaliavam como ruim ou péssimo baixou de 28% para 27% nos períodos avaliados.

A confiança dos brasileiros na presidenta atingiu 51% dos entrevistados, ante os 45% registrados em setembro. O percentual da população que aprovou a maneira como Dilma governa o país atingiu 52%, 4 pontos percentuais acima dos 48% registrados na última pesquisa, divulgada na primeira quinzena de setembro.

Entre os principais pontos positivos do governo, os entrevistados citaram o combate à fome e à pobreza e os investimentos em programas sociais. Os pontos negativos destacados foram o pouco investimentos em saúde e a falta de combate à corrupção.

Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, apesar de ter voltado a melhorar ao longo do último semestre, a popularidade da presidenta Dilma (composto pelos três principais indicadores da pesquisa) está abaixo dos resultados verificados durante os dois primeiros anos de governo, quando o percentual de aprovação da maneira de governar se manteve acima dos 60%, atingindo 79% em março de 2013. O pior resultado para Dilma foi registrado em junho de 2013, quando apenas 45% dos brasileiros aprovavam sua maneira de governar.

Para Fonseca, a melhora nos índices de aprovação no último semestre coincide com a última disputa eleitoral, o que sugere que o governo conseguiu convencer boa parte da população de suas qualidades, em detrimento de defeitos e denúncias, como as que envolvem o desvio de recursos da Petrobras.

"Aspectos positivos na área social vieram à tona muito fortemente durante a campanha eleitoral. E embora a população não esteja gostando de questões como saúde e corrupção e que 45% dos entrevistados lembrem das notícias sobre a Operação Lava Jato, a sociedade balanceou [as informações] e deu crédito ao que é mais importante na hora de avaliar o governo”, comentou Fonseca.

As notícias a respeito da Operação Lava Jato, deflagrada em março deste ano para investigar esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras com empresas privadas, foram as mais lembradas pela população. Em seguida, ficaram os temas associados à inflação. Neste sentido, entre março e dezembro deste ano o percentual de pessoas que considera as notícias desfavoráveis ao governo cresceu de 32% para 44%. “Toda a questão da Lava Jato ainda está por aparecer. Não sabemos ainda todos os políticos que estão envolvidos e o que aconteceu exatamente”.

*Matéria ampliada às 14h51 para acréscimo dos quatro últimos parágrafos

Edição: Denise Griesinger

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