Partidos se dividem no apoio a Chinaglia e Eduardo Cunha para presidir a Câmara

Publicado em 17/12/2014 - 12:56 Por Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O deputado Arlindo Chinaglia participa da abertura do 9 Encontro Nacional da Indústria (ENAI) com a participação de mais de 1.800 líderes empresariais. Deputado Arlino Chinaglia

Seis partidos declararam nesta quarta-feira (17) apoio a candidatura do petista Arlindo Chinaglia à presidência da CâmaraElza Fiúza/Arquivo/Agência Brasil

Em clima de recesso, que começa oficialmente em cinco dias, os partidos na Câmara se dedicaram hoje (17) a declarar apoio às candidaturas de parlamentares que disputarão a presidência da Casa no dia 1º de fevereiro. No Salão Verde, o PT e seis partidos – entre eles, PDT, PCdoB e o PROS – lançaram oficialmente o nome de Arlindo Chinaglia (PT-SP) que já ocupou o cargo entre 2007 e 2009 e atualmente é primeiro-vice-presidente da Casa.

Chinaglia disse que trabalhará para tentar ampliar o apoio a sua campanha. Segundo ele, apesar de muitos deputados já terem declarado apoio ao adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “não há unanimidade nos partidos”. O candidato destacou que respeitará seus adversários na disputa e disse que a tarefa de presidente da Câmara “é árdua” e exige capacidade de articulação e negociação.

“O presidente da Câmara, para ser bom, sempre vai ter resistência de outros Poderes. O Parlamento, para exercer com altivez seu papel, vai divergir em algum momento com o que o Executivo faz, com o que o Judiciário faz”, avaliou. Chinaglia, que é do partido do governo, garantiu que conduzirá a Casa com independência. “A Mesa tem o dever da imparcialidade: nem vai servir ao governo nem à oposição”, afirmou.

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante reunião do Conselho Nacional do PMDB para discutir o papel e a posição do partido na reforma política. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Com o apoio declarado do PTB, PSC e DEM, o peemedebista Eduardo Cunha diz que buscará a independência da Câmara Marcelo Camargo/Agência Brasil

O discurso segue a mesma linha defendida por Cunha que recebeu nesta quarta-feira o apoio oficial do PTB, PSC e DEM. Outros partidos ainda estudam acompanhar o peemedebista – entre eles, o PR, PSD e PP. Segundo Cunha, o apoio já foi declarado por 109 deputados.

O peemedebista disse que buscará uma Câmara mais independente “nem contra nem submissa ao governo". "[Buscaremos] uma Câmara mais altiva. Não viemos fazer qualquer tipo de bravata. Só vamos cumprir o Regimento Interno e a Constituição e tratar todos com igualdade, seja do governo ou da oposição.”

Edição: Marcos Chagas

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