DF promete quitar até junho pagamento de servidores de saúde e educação

Publicado em 15/01/2015 - 20:44 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Representantes do governo do Distrito Federal (DF) reuniram-se hoje (15) com dirigentes de sindicatos de profissionais da saúde e apresentaram uma proposta de parcelamento dos valores ainda pendentes aos servidores, 99% deles das áreas de saúde e da educação. Após negociação que durou cerca de três horas e meia, o governo comprometeu-se a quitar os pagamentos ainda em atraso até junho.

O pagamento de férias e horas extras ao pessoal da área de saúde será parcelado entre janeiro e março e o décimo terceiro salário será quitado entre abril e junho. A proposta, no entanto, ainda será discutida nas assembleias de profissionais da saúde. Os salários atrasados foram todos pagos nesta semana.

De acordo com o chefe da Casa Civil do governo do DF, Hélio Doyle, o governo esticou a corda até o máximo. “É o limite do governo. Pessoalmente, me surpreendeu, porque está um pouco além do que seria razoável, mas achamos importante dar essa sinalização de pagar até junho, embora force um pouco o caixa.”

Doyle espera ainda que as categorias que estão em greve voltem ao trabalho amanhã (16). O Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde do Distrito Federal (Sindsaúde) fará assembleia amanhã, às 10h, para decidir se aceita a proposta feita hoje pelo governo e volta ao trabalho. Vários profissionais da saúde estão em greve desde sexta-feira (9), incluindo médicos e enfermeiros.

A presidenta do Sindsaúde, Marli Rodrigues, admite que houve avanço no cenário, mas não adianta se a categoria aceitará a proposta apresentada hoje. “O governo reconheceu a dívida, e antes não tinha uma data de pagamento. Então, avançou nesse sentido. Hoje temos uma data de pagamento e [sabemos] em que condições o governo vai pagar. A categoria vai avaliar a proposta em assembleia e tomar uma decisão”

Inicialmente, o governo propôs o parcelamento do pagamento de férias dos servidores que programaram para dezembro o período de descanso, o preferido por grande parte dos funcionários da educação. A proposta de parcelamento incluía também o décimo terceiro salário, ainda não pago a alguns servidores, as horas extras dos servidores da saúde e o chamado “resíduo”, que são licenças indenizadas e outros pagamentos que não se enquadram nos anteriores.

As férias e o décimo terceiro salário seriam parcelados em três vezes – o pagamento das férias começaria no fim de janeiro e o do décimo terceiro, no fim de abril. As horas extras da saúde e os residuais seriam parcelados em duas vezes, começando no fim de julho, e os residuais, em setembro.

Houve impasse quanto aos parcelamentos. Os sindicalistas manifestaram contrariedade com os pagamentos até outubro. Eles, então, reuniram-se reservadamente por uma hora e formularam outra proposta, de receber o décimo terceiro e as férias em janeiro e fevereiro e os demais pagamentos, com parcelamento de janeiro a junho. Foi a vez de o governo se reunir e, então, apresentar sua segunda proposta, aquela que será levada pelos sindicatos aos trabalhadores.

Os sindicatos de servidores da educação foram convidados para a reunião, mas não participaram das negociações. Doyle, junto com secretários de governo, terá amanhã (16) a mesma conversa. O chefe da Casa Civil, no entanto, adiantou que os servidores da educação receberão a mesma proposta finalizada hoje. “Chegamos ao limite”, reiterou Doyle.

Edição: Fábio Massalli

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