PMDB formaliza apoio a Eduardo Cunha para a presidência da Câmara

Publicado em 14/01/2015 - 17:29 Por Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O vice-presidente Michel Temer durante reunião com deputados federais eleitos (José Cruz/Agência Brasil)

O presidente de honra do PMDB, Michel Temer, disse que apoio a Cunha foi unânime        José  Cruz/Agência  Brasil

A Executiva Nacional do PMDB reuniu-se hoje (14), em Brasília, para oficializar o apoio do partido à candidatura de Eduardo Cunha (RJ) à presidência da Câmara dos Deputados. Cunha já está em campanha e tem como principal adversário o petista Arlindo Chinaglia (SP).

O PMDB ainda não anunciou, porém, seu candidato oficial à presidência do Senado. A direção partidária aguarda a indicação da bancada na Casa. “Acabamos de fazer uma reunião da Executiva Nacional. Por unanimidade, decidimos apoiar o nome indicado pela bancada na Câmara dos Deputados. O mesmo será feito no Senado, quando a bancada indicar o [candidato a] presidente da Casa”, disse o vice-presidente da República, Michel Temer, presidente de honra do PMDB.

O anúncio de Temer antecipou o conteúdo de uma nota oficial do partido comunicando a decisão de apoiar os candidatos escolhidos pelas bancadas na Câmara e no Senado.

Temer evitou comentar a possibilidade de posterior inclusão dos candidatos do partido em denúncias da Operação Lava Jato, que tem envolvido diversos agentes públicos em escândalos de corrupção. “Isso será fruto da disputa. Se houver qualquer problema, cada um se explicará como vem se explicando, como deve se explicar. Não discutimos hipóteses. Nem chegamos a discutir hipóteses”, salientou Temer.

Sobre a disputa entre candidatos do PMDB e PT na Câmara – aliados no governo federal e que têm o vice e a presidenta da República, respectivamente –, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que faz parte da Executiva do PMDB, disse esperar que o governo se mantenha neutro. “O PT tem legitimidade e direito de postular a presidência da Câmara. O que não pode, e certamente não fará, é cobrar de um governo de coalizão que prefira ou apoie este ou aquele. Acho que quem quer novos momentos na política brasileira tem de entender que é uma decisão do Congresso Nacional. A Constituição estabelece poderes independentes, autônomos, mas harmônicos”, ressaltou Geddel.

Os novos deputados e senadores tomarão posse no próximo dia 1º. Logo após a posse, serão eleitos os membros das mesas diretoras das duas Casas. Além de Cunha e Chinaglia, o deputado Júlido Delgado (PSB-MG) disputará a presidência da Câmara.

No Senado, os candidatos ainda não estão oficializados. Entretanto, nos bastidores já se fala na reeleição do atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador nega que esteja em campanha.

Edição: Armando Cardoso

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