Articulador político do governo considera legítimas reclamações do PMDB

Publicado em 25/02/2015 - 13:54 Por Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, dá entrevista após reunião com parlamentares, no Palácio do Planalto(Elza Fiúza/Agência Brasil)

PMDB quer contribuir mais do que está contrbuindo, diz o ministro Pepe Vargas Elza Fiúza/Agência Brasil

O ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, responsável pela articulação política da Presidência da República, disse hoje (25) que o governo tem que fazer um mea culpa em relação à insatisfação do PMDB por falta de espaço nas decisões do Executivo. Segundo Vargas, as reclamações do PMDB são legítimas e “estão dentro da normalidade” em um governo de coalizão.

Vargas disse que a estratégia do governo para aparar as arestas com o partido será a ampliação do debate, com mais reuniões e mais espaço para ouvir as demandas da legenda. “Temos que, eventualmente, até fazer uma mea culpa se o PMDB está se sentindo efetivamente assim [insatisfeito] e tomar as medidas para que ele possa se sentir mais integrado na definição dessas questões. Encaramos isso com a mais absoluta normalidade e como uma tentativa do PMDB de contribuir mais ainda do que está contribuindo”, ponderou o ministro.

Partido do vice-presidente Michel Temer, o PMDB é o maior da base aliada e comanda as duas casas do Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado. Nos últimos dias, líderes peemedebistas têm reclamado publicamente de falta de espaço dentro do governo. Ontem (24), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a classificar de “capenga” a coalizão que sustenta o governo da presidenta Dilma Rousseff pela falta de espaço aos aliados.

“Não concordo que está capenga. Como sempre, é preciso haver mais debate, mais conversa, um momento de aperfeiçoamento, e o momento é agora, que é o início de um novo governo”, rebateu Vargas.

O ministro negou que o PMDB tenha condicionado o apoio ao governo, principalmente em votações no Congresso, à indicação de nomes do partido para cargos do segundo escalão. “Não é bem assim. O que o PMDB está dizendo não é que ele quer cargos, o PMDB está dizendo é que quer participar do debate. Ninguém está dizendo que precisa de cargos para apoiar o governo. Estão dizendo: 'nós queremos ter mais oportunidades de dialogar e de debater as decisões de governo', e isso é positivo”, disse Vargas.

Edição: Jorge Wamburg

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