Oposição promete obstruir sessão do Congresso para votação de vetos

Publicado em 03/03/2015 - 18:29 Por Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Os partidos de oposição na Câmara dos Deputados e no Senado vão obstruir a sessão desta noite do Congresso Nacional, marcada para a apreciação de vetos presidenciais a projetos de lei. Segundo o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), a obstrução é para pressionar pela votação do veto ao reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). 

“Vamos obstruir porque houve claramente manobra do governo para impedir a votação dessa proposta”, disse Mendonça. Segundo o deputado, esse veto começa a trancar a pauta amanhã (4) e, por isso, o governo fez uma manobra para apreciar hoje os outros vetos e até mesmo tentar votar o Orçamento Geral da União deste ano. Mendonça lembrou que na semana passada foi anunciada sessão do Congresso para a quarta-feira, o que obrigaria à votação do veto do IRPF, por causa do trancamento da pauta a partir de amanhã. 

“É injustificável que a presidenta Dilma, que assumiu o compromisso público de que corrigiria a tabela do imposto, não tenha até agora assegurado a correção sequer de 4,5% e cria todos os obstáculos para a apreciação do veto que garante a correção em 6,5%”, disse o líder. Na pauta de hoje do Congresso constam a apreciação de projeto de resolução para mudar as regras de análises dos vetos, a apreciação de quatro vetos e também a votação da Lei Orçamentária Anual para este ano. 

Enquanto a oposição promete obstruir a sessão, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), informou que a prioridade do governo hoje é apreciar os vetos e o Orçamento deste ano. “Temos de votar os vetos e o Orçamento – esta é a tarefa do Congresso.”

De acordo com o líder governista, a pauta de votações de hoje da Câmara será “leve, sem matérias polêmicas”, já que à noite tem sessão do Congresso. “A prioridade hoje é a sessão do Congresso. É fundamental votar o Orçamento hoje à noite para o país ter tranquilidade e, a partir daí, começar a liberar os recursos para as grandes obras”, disse.

Edição: Aécio Amado

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