Seis senadores retiram apoio à criação da CPI do BNDES

Publicado em 08/04/2015 - 18:20 Por Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O senador Ronaldo Caiado durante reunião da CPI do HSBC para ouvir os jornalistas Fernando Rodrigues e Chico Otávio (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, retirou o requerimento  e  disse  que  agora vai pedir apoio do PSB para criação da CPI Antonio Cruz/Agência Brasil

O requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, no Senado, foi retirado hoje (8) pelo líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO). Ele tinha apresentado a proposta de criação da CPI ontem (7) com 28 assinaturas, mas hoje seis senadores retiraram o apoio. Para ser aprovado, o requerimento precisaria ter no mínimo 27 assinaturas. Assim, se fosse lida com número menor, o pedido seria arquivado.

Caiado disse acreditar que esses senadores podem ter sofrido pressão para retirar suas assinaturas. Agora, a estratégia dele será negociar com o PSB para tentar obter o apoio oficial do partido à criação da CPI. “Eu vou buscar entendimento maior agora com o PSB. É fundamental para nós. Se o PSB deliberar essa matéria na sua executiva e autorizar a assinatura, nós teremos, aí sim, condição de ter o número mínimo necessário. E aí contando com parlamentares que, acredito, não irão mais retirar as assinaturas.”

Outra CPI que teve o requerimento de criação apresentado ontem pretende investigar irregularidades nos fundos de pensão de funcionários de empresas públicas como Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica Federal e Correios. As assinaturas de apoio foram mantidas e o requerimento para criação da comissão foi lido no plenário na sessão de hoje. Com isso, fica aberto o prazo para que os partidos indiquem seus representantes e a comissão possa ser instalada.

Nesta terça-feira foi apresentado também requerimento para a criação de outra CPI no Senado, para investigar denúncias provenientes da Operação Zelotes, da Polícia Federal. A operação desvendou um esquema de pagamento de propina a conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão máximo de decisão sobre processos relacionados a questões fiscais e tributárias. O requerimento tem o número suficiente de assinaturas, mas ainda não foi lido no plenário. Os senadores terão até a meia-noite do dia da leitura para retirar os apoios, se for o caso.

Edição: Stênio Ribeiro

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