CPI do Carf aprova requerimentos para ouvir mais de 20 pessoas

Publicado em 14/07/2015 - 13:21 Por Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o esquema de venda de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) aprovou hoje (14) requerimentos para ouvir mais de 20 pessoas, entre eles, presidentes de grandes empresas e advogados.

Um dos requerimentos aprovados é para que o presidente do HSBC Bank Brasil preste esclarecimentos sobre fatos relacionados à Operação Zelotes, que investiga irregularidades no Carf. O autor do requerimento, senador José Pimentel (PT-CE), registra na justificativa que a convocação ocorre porque a Polícia Federal identificou depósitos do HSBC à empresa SGR Consultoria Empresarial, investigada por suspeita de intermediar o pagamento de propina a conselheiros do Carf.

Entre os demais convocados estão os presidentes das empresas Boston Negócios, Mundial S.A, da Indústria e Comércio de Café Irmãos Júlio e dirigente do Grupo Comercial de Cimento Penha. Os requerimentos também são do senador José Pimentel, e ele justifica que, segundo informações da imprensa, relatórios da Polícia Federal teriam apontado participação das empresas no esquema investigado pela Operação Zelotes.

Por solicitação da relatora da CPI, Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), foram convocados representantes das empresas Alfa Atenas e Planeja Assessoria. Segundo a senadora, ambas foram citadas nas investigações em curso.

Foi aprovado ainda requerimento do presidente, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), para que a Justiça autorize a Polícia Federal a encaminhar à comissão cópia de todos os documentos relativos à Operação Zelotes, base de atuação da CPI.

A CPI foi criada para investigar possíveis irregularidades no Carf. Investigado pela Operação Zelotes, deflagrada em março pela Polícia Federal, o Carf julga recursos de multas impostas a contribuintes pelo Fisco. O órgão está no centro de um esquema de redução e de cancelamento de multas por meio de pagamento de propina a conselheiros do órgão.

Edição: Talita Cavalcante

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