Dilma considera lamentável aprovação de reajuste de servidores do Judiciário

Publicado em 01/07/2015 - 20:57 Por Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A presidenta Dilma Rousseff classificou de “lamentável” a aprovação nessa terça-feira (30), no Senado Federal, do reajuste médio de 59,49% para servidores do Poder Judiciário. Ela evitou adiantar se vetará a proposta. “Éinsustentável um país como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados”, destacou.

A presidenta Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Para a presidenta Dilma Rousseff, é insustentável aumentos tão elevados, como os aprovados para o JudiciárioMarcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

Segundo ela, o resultado da votação no Congresso faz parte da democracia. “Nela, um dia você ganha e no outro você perde”, ressaltou. Dilma Rousseff lembrou que, no mesmo dia em que o reajuste foi aprovado, a redução da maioridade penal para crimes graves foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. "Era uma lei considerada cara para o governo."

A presidenta concedeu entrevista a jornalistas na cidade de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos, após visitar a sede do Google e passear em um carro sem motorista. Hoje (1º) à tarde, no Brasil, o presidente da República em exercício, Michel Temer, disse acreditar na possibilidade de um acordo que solucione a questão antes da hipótese de sanção ou veto da matéria.

Dilma informou que não discute vetos antes da hora por “respeitar o procedimento legislativo”. “Ainda temos oportunidades de avaliar como é que será essa questão do aumento. De fato, compromete o ajuste fiscal”, afirmou.

Após a visita ao Google, a presidenta foi homenageada em almoço na Universidade de Standford, onde se encontrou com a ex-secretária de Estado Condoleezza Rice, que leciona na universidade.

Ainda nesta quarta-feira, último dia da viagem aos Estados Unidos, Dilma teve encontros com o presidente do instituto de pesquisa SRI International, Bill Jeffrey, e com empresários do setor aeroespacial, e visitou o Centro de Pesquisas da Nasa, a agência espacial norte-americana.

 

Edição: Armando Cardoso

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