Temer aposta em diálogo para aprovação de propostas no Congresso
Publicado em 27/07/2015 - 19:34 Por Paulo Chagas e Ana Cristina Campos - Repórteres da Agência Brasil - Brasília
O vice-presidente Michel Temer disse hoje (27) que aposta no diálogo entre o Executivo e o Legislativo para que as propostas de interesse do país sejam aprovadas no Congresso Nacional. Ele disse que os parlamentares "são capazes de verificar o que pode prejudicar o país e o que pode ajudar" e reforçou a necessidade de "muito diálogo, inclusive com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha [PMDB-RJ]", que anunciou há duas semanas rompimento com o governo.
Ao lado da presidenta Dilma Rousseff, Temer participou, nesta tarde, de uma reunião com ministros de diferentes partidos com o objetivo de unificar a base aliada no Congresso. Temer, que é presidente do PMDB, disse ter certeza da "responsabilidade pública" dos parlamentares e que tudo vai depender do diálogo permanente entre os dois Poderes (Executivo e Legislativo). Temer reafirmou que o rompimento de Cunha foi de natureza pessoal, e não institucional.
Durante a reunião, Dilma pediu aos ministros que convençam os parlamentares da importância de não aprovar medidas que causem impacto financeiro elevado e de finalizar a aprovação do ajuste fiscal proposto pelo governo. Ao responder sobre o tema e possíveis pautas-bomba que o governo vai enfrentar após o recesso dos congressistas, que termina na próxima semana. Temer disse confiar nos parlamentares.
“No Congresso Nacional, deputados e senadores são capazes de verificar o que pode prejudicar o país e o que pode ajudar. A regra geral é que o Congresso, quando legisla, ajuda o país. Não é ajudar o governo. Nosso compromisso é muito mais com o país do que exatamente apenas com o governo", afirmou o vice-presidente.
Termer ressaltou que apoia-se o governo quando este está com teses boas para o país. "Tenho certeza de que o Congresso examinará com muito cuidado as teses que forem apresentadas. Se forem onerosas para o país, de maneira que o país não possa suportá-las, certamente rejeitará. É preciso espírito público, especialmente. Tenho certeza de que o Congresso tem."
Edição: Maria Claudia