Dilma recebe Angela Merkel em jantar no Alvorada

Publicado em 19/08/2015 - 21:49 Por Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A presidenta Dilma Rousseff recebe, neste momento, a chanceler alemã, Angela Merkel, que chegou por volta de 20h30 ao Palácio da Alvorada para jantar oferecido por Dilma. Mais de 20 ministros brasileiros e o vice-presidente Michel Temer participam também do encontro. É o primeiro compromisso da agenda entre os dois países, que prevê outras reuniões entre Dilma e Angela Merkel e conversas separadas entre ministros dos dois países.

A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer recebem a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no Palácio da Alvorada (Valter Campanato/Agência Brasil)

A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer recebem a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no Palácio da Alvorada alter Campanato/Agência Brasil

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, que está presente no jantar, o “tema central” do encontro entre as mandatárias é a perspectiva de início das trocas comerciais que celebrarão o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Mas outro tema de grande interesse entre ambos os países é a possibilidade de investimentos alemães no país.

“Há uma compreensão de que a Alemanha pode ter grande interesse no plano de concessões em infraestrutura que o Brasil está realizando. Identificamos algumas áreas, como ferrovias e portos, podem interessar a investidores e empresas alemães”, disse Monteiro. Para o ministro, a parceria entre os dois países e os programas de investimentos tendem a continuar, já que há um “grande interesse” dos alemães no mercado brasileiro.

Na tarde de hoje, representantes de grandes empresas brasileiras se reuniram com Dilma para trocar informações sobre as prioridades do setor privado na agenda bilateral. Na manhã desta quinta-feira (20), antes de Merkel ser recepcionada por Dilma no Palácio do Planalto, serão realizadas mais de 20 reuniões setoriais de ministros brasileiros com ministros alemães para discutir a assinatura de pelo menos 15 acordos em áreas como inovação, pesquisa, mineração, marinha, educação, saúde e segurança alimentar.

Segundo Armando Monteiro, os empresários reconheceram que a Alemanha é um “parceiro estratégico” do Brasil e que os dois países têm muito a trocar nos setores de inovação, indústria e energia renovável. O país é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa e o quarto no mundo (atrás apenas da China, dos Estados Unidos e da Argentina), em um comércio que envolve mais de US$ 20 bilhões. Cerca de 1,6 mil empresas alemãs estão instaladas em território brasileiras, algumas centenárias, informou.

O ministro reconhece que há um déficit no lado brasileiro, pois as importações contêm bens de alto valor agregado, ao contrário do fluxo no sentido inverso. "Esse déficit não é em si mesmo um problema, porque o Brasil precisa dos bens que importa da Alemanha. Ela tem muita qualidade na produção de importantes equipamentos, portanto, pelo estágio de desenvolvimento tecnológico da Alemanha, o Brasil vai ter a Alemanha como supridora desses bens. A nossa estratégia é ver como podemos adicionar mais valor às nossas exportações.”

Edição: Jorge Wamburg

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