Obama condiciona vitória sobre Estado Islâmico à transição política na Síria

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que só será possível derrotar o grupo extremista Estado Islâmico na Síria se o atual presidente do país, Bashar al-Assad deixar o poder. Obama presidiu hoje (29) um debate sobre terrorismo, na sede das Nações Unidas, em Nova York.

“Na Síria, vencer o Estado Islâmico exige um novo dirigente”, afirmou Obama na abertura da reunião. Ele mostrou diferenças de pensamento sobre como combater o grupo terrorista, um dia depois de se encontrar com o presidente russo. Vladimir Putin disse que a única maneira de conseguir neutralizar o grupo radical islâmico é apoiando o presidente da Síria.

Apesar de manter posição diferente da de Putin, Obama reafirmou estar disposto a trabalhar com outros países, incluindo a Rússia e o Irã. Ele afirmou ser otimista para a tarefa de combater o terrorismo, mas ponderou: “Vai ser um processo complexo”.

A Rússia criticou a convocação da reunião, e afirmou que não faria parte da mesa. De acordo com o embaixador russo Vitaly Tchurkin, a delegação russa enviou um diplomata para acompanhar o debate.

No ano passado, os Estados Unidos lideraram mais de 5 mil ataques aéreos sobre regiões dominadas pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Os americanos participam de uma frente militar que tem apoio de 60 países, entre eles Reino Unido, França e vizinhos árabes.

Além da reunião liderada por Obama, os Estados Unidos anunciaram sanções a mais de 30 líderes, por apoiar grupos filiados e pessoas ligadas ao financiamento do Estado Islâmico. O anúncio foi feito pela Casa Branca por meio de um comunicado.

Algumas sanções foram anunciadas pelo departamento do Tesouro, e outras pelo departamento de Estado. O objetivo é enfraquecer o acesso dos terroristas a financiamento, via sistema financeiro internacional.

*Com informações da Agência Lusa, Casa Branca e Nações Unidas