Rossetto assume nova pasta e defende diálogo para geração de emprego e renda

Publicado em 06/10/2015 - 14:39 Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasília - O novo ministro do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, assume o cargo em solenidade no ministério (José Cruz/Agência Brasil)

Miguel Rosseto assume o Ministério do Trabalho e Previdência Social e diz estar confiante na aprovação da nova CPMFJosé Cruz/Agência Brasil

O ministro Miguel Rossetto assumiu hoje (7) o Ministério do Trabalho e Previdência Social afirmando que quer manter o diálogo com trabalhadores, empresários e o Congresso Nacional, para geração de emprego decente, renda e garantia de um sistema de financiamento adequado para a Previdência Social.

Rossetto disse que está confiante na aprovação, pelo Congresso, da nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Com a medida, o governo pretende arrecadar R$ 32 bilhões em 2016. Os recursos serão utilizados para cobrir o déficit da Previdência Social.

“No curto prazo, por conta da redução da receita, necessitamos da CPMF, de modo a melhorar nossa capacidade fiscal. No longo prazo, há uma situação estrutural que exige mudança, reformas e aperfeiçoamento. A sociedade brasileira vive mais e tem reduzido sua taxa de natalidade. Então, teremos, no curto prazo, uma relação alterada entre a população na ativa e o número de idosos. Temos de tomar iniciativas para preparamos a sustentabilidade no médio prazo.”

Rossetto acrescentou que, além da CPMF, o governo trabalha em um conjunto de medidas que devem ser apresentadas ainda em outubro no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. O fórum foi criado no início de setembro pelo governo federal para discutir propostas que tragam melhorias para as políticas de emprego, trabalho, renda e previdência

“Vamos manter o diálogo de forma permanente com a sociedade brasileira. Diálogo para entender um país rico e diverso como o nosso, que é condição fundamental para acertar a estratégia de crescimento econômico com inclusão social.” Rossetto afirmou que o Programa de Proteção ao Emprego já é exemplo desse diálogo e vontade política.

A nova pasta foi criada com a fusão dos ministérios do Trabalho e Emprego e Previdência Social. Ele será composto por duas secretarias especiais: a de Trabalho, que será comandada por José Lopez Feijóo, e de Previdência Social, pelo ex-ministro da Previdência Social, Carlos Gabas.

Perfil

Miguel Rossetto é natural de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Formado em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), foi vice-governador do estado, na gestão Olívio Dutra, e deputado federal pelo PT em 1994.

Em 2003, foi nomeado para o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário. Em 2006, Rossetto deixou o governo para tentar uma vaga no Senado, mas não foi eleito. Dois anos depois, assumiu a presidência da Petrobras Biocombustível, subsidiária da Petrobras.

Em março de 2014, foi nomeado novamente ministro do Desenvolvimento Agrário e deixou o cargo em setembro do mesmo ano para trabalhar na coordenação da campanha para a reeleição de Dilma. No segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, assumiu a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Edição: Armando Cardoso

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