TSE se retira de missão que vai acompanhar eleições na Venezuela

Publicado em 20/10/2015 - 22:01 Por Andre Richter – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 21/10/2015 - 10:01

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu se retirar da missão da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) que vai acompanhar as eleições parlamentares na Venezuela, marcadas para dezembro. Em nota, o tribunal diz que a decisão foi em função de o nome do ex-ministro Nelson Jobim ter sido preterido para a chefiar a delegação da Unasul

O TSE explicou que Jobim foi escolhido para chefiar a missão pelo fato de ser uma autoridade pública "com amplo conhecimento da lide eleitoral e de reconhecida isenção". A escolha, segundo o órgão, foi aprovada pela Presidência da República e submetida pelo Itamaraty à presidência pro tempore da Unasul, atualmente com o Uruguai. “Embora o candidato brasileiro tenha angariado amplo apoio entre os Estados-Membros, foi preterido na escolha final para a chefia da missão por suposto veto das autoridades venezuelanas”.

Segundo o tribunal, a corte pretendia exercer trabalho de acompanhamento "objetivo, imparcial a abrangente", por meio de regras previstas em acordo da Unasul e o Conselho Eleitoral da Venezuela. Para o TSE, a demora do conselho para se pronunciar sobre uma nova versão do acordo, após o veto, também contribuiu para inviabilizar o processo de observação.

“A demora do órgão eleitoral venezuelano em pronunciar-se sobre a versão revista do acordo fez com que a missão não pudesse acompanhar a auditoria do sistema eletrônico de votação e tampouco iniciar a avaliação da observância da equidade na contenda eleitoral, o que, a menos de dois meses das eleições, inviabiliza uma observação adequada”, diz a nota.

A Agência Brasil entrou em contato com a Embaixada da Venezuela e aguarda retorno.

*A matéria foi alterada às 10h01 do dia (21) para correção de informação. Nelson Jobim chefiaria a delegação da Unasul, e não a brasileira como estava escrito anteriormente. 

Edição: Aécio Amado

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