Maioria da bancada do Rio vota pela admissibilidade do impeachment

O Rio tem a terceira maior bancada da Câmara. No total, 34 votaram

Publicado em 17/04/2016 - 21:48 Por Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil * - Brasília

Terceira maior bancada da Câmara, com 46 deputados, o estado do Rio de Janeiro ficou dividido, mas com vantagem de votos favoráveis à admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ao todos, 34 votaram pelo afastamento da presidente e 11 contra.

Em licença-maternidade, a deputada Clarissa Garotinho (PR) foi a única ausência entre os fluminenses. No fim da votação do estado, o placar marcava 252 votos a favor, 81 contra, quatro abstenções e duas ausências.

A declaração de votos dos deputados do Rio de Janeiro foi marcada por críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Eduardo Cunha você é um gangster. O que dá sustentação ao senhor nessa cadeira cheira a enxofre”, disse o deputado Clauber Braga (PSOL).

Já o depuatdo Jean Wyllys, também do PSOL, manifestou-se constrangido por participar do processo de impeachment. “Estou constrangido de participar dessa farsa, conduzida por um ladrão e apoiada por torturadores. Durmam com essa, canalhas”, concluiu.

Ao votar, Cunha pediu “misericórdia” divina para o Brasil. O deputado Jair Bolsonaro elogiou Eduardo Cunha e o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi, um dos órgãos de tortura da ditadura militar. “Em memória do coronel Bilhante Ustra, voto sim”, disse. A deputada Cristiane Brasil (PTB) homenageou o pai, o ex-deputado Roberto Jefferson, cassado há 11 anos.

A aprovação depende do voto de 342 deputados (2/3 dos 513) a favor do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a abertura de processo contra Dilma. O relator considerou que houve crime de responsabilidade da petista por editar decretos de crédito suplementares sem autorização do Congresso e pelo atraso de pagamentos que ficou conhecido como pedaladas fiscais.

Se o processo for admitido, o julgamento da presidente será conduzido pelo Senado.

Colaborou Carolina Gonçalves

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Edição: Armando Cardoso

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