Indicado para presidir comissão do impeachment, Raimundo Lira era suplente

Publicado em 20/04/2016 - 22:10 Por Iolando Lourenço e Ivan Richard - Repórteres da Agência Brasil - Brasília

Indicado pelo PMDB para presidir a Comissão Especial do Impeachment no Senado, que vai analisar a admissibilidade do processo contra a presidenta Dilma Rousseff, o senador Raimundo Lira (PB) tomou posse neste mandato em 2014. Lira era suplente do senador Vital do Rego, que deixou a Casa para ser ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Brasília - O PMDB indicou o senador Raimundo Lira para a presidência da comissão especial do impeachment a ser instalada no Senado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O PMDB indicou o senador Raimundo Lira para a presidência da Comissão Especial do Impeachment a ser instalada no SenadoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Entre 1987 e 1995, Lira foi senador pela Paraíba e participou da elaboração da Constituição de 1988. Eleito pelo PMDB, Lira migrou para o PRN em 1989 para apoiar o então candidato à Presidência da República Fernando Collor de Mello, que acabou cassado em 1992. No Senado, foi responsável pela criação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a qual presidiu duas vezes. Lira também comandou a Comissão de Orçamento.

Em 1994, o senador tentou a reeleição, mas não obteve sucesso. Em 2010, quando concorreu como suplente de Vital do Rêgo, declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 54,3 milhões. Entre os bens listados constam uma aeronave King Air Gtx, modelo 2010, no valor de R$ 6,7 milhões e parte de um terreno em Brasília no valor de R$ 10,2 milhões.

Relatoria

Indicado pelo PSDB para disputar a relatoria da Comissão Especial do Impeachment, o senador Antonio Anastasia foi governador de Minas Gerais. Antes, foi vice-governador na gestão de Aécio Neves. Em 2014, elegeu-se senador por Minas.

Anastasia é professor de direito da Universidade de Minas Gerais (UFMG), onde leciona Direito Administrativo.

A indicação de Anastasia para a relatoria da comissão é questionada pelo PT. O partido argumenta que tem direito à vaga por também possuir 11 senadores, assim como o PSDB. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sugeriu o nome do colega de partido Jorge Viana (AC) para o cargo.

Edição: Luana Lourenço

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