Plenário da Câmara começa a discutir processo de impeachment

Publicado em 15/04/2016 - 09:01 Por Carolina Gonçalves e Karine Melo - Repórteres da Agência Brasil - Brasília

Brasília Plenário da Câmara dos Deputados antes da discussão do relatório do impeachment (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Deputados começam a ocupar o plenário da Câmara dos Deputados, antes da discussão do relatório do impeachment Antonio Cruz/ Agência Brasil

Um minuto antes das 8h55, horário marcado para iniciar a sessão de debate sobre o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) que pede a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já estava posicionado na mesa do plenário. As discussões foram abertas pontualmente, com a ajuda de um grupo de parlamentares favoráveis ao impedimento da petista que fizeram uma contagem regressiva. Ao todo, 173 dos 513 deputados estavam presentes na abertura da sessão.

A exposição do jurista Miguel Reale Junior, um dos autores da denúncia contra a presidenta, é a primeira fala no plenário, por 25 minutos. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fará a defesa de Dilma, em seguida, pelo mesmo tempo, ambos improrrogáveis. Os partidos terão uma hora para se manifestar logo depois de acompanhar a defesa e a ordem de discurso será da maior para menor bancada. São 25 partidos que podem indicar até cinco parlamentares para dividir este tempo.

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Às 9h, foram abertas as inscrições para os deputados interessados em discursar. Os parlamentares têm até as 11h para registrar o interesse em se manifestar da tribuna por três minutos, amanhã (16), em sessão marcada para começar às 11h.

Na Mesa, ao lado de Cunha, estavam o relator e presidente do processo na comissão especial que aprovou o relatório no último dia 10, Jovair Arantes e Rogério Rosso (PSD-DF), e de outro, Izalci (PSDB-DF). Pouco antes de entrar no plenário, Cunha disse que o clima está tranquilo “até agora” e antecipou que a sessão deve se prolongar por toda a madrugada.

“É um processo histórico, muito grave, ao qual temos responsabilidade da sua condução e vamos conduzir para que se tenha uma decisão seja ela qual for para que o país tenha esta decisão e seguir a vida normal. Não dá para postergar. O próprio Supremo ontem, num gesto de excepcionalidade, realizou uma sessão extraordinária atá 1h, mostrando que todos querem resolver”, disse Cunha, perguntado sobre o resultado da sessão da Corte que indeferiu pedidos do governo questionando regras adotadas, como a da ordem de chamada para votação, e o próprio procedimento, apontando que houve cerceamento de defesa de Dilma Rousseff.

Edição: Talita Cavalcante

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