Ministro Edinho diz que governo não desiste de lutar contra o impeachment

Publicado em 09/05/2016 - 12:54 Por Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Antes de saber da derrubada do impeachment, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse esta manhã (9) que o governo trabalha contra o afastamento da presidenta Dilma Roussef. O processo acaba de ser suspenso por decisão do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).O

O ministro Edinho voltou a dizer que a defesa da presidenta Dilma Rosseff, feita pela Advocacia Geral da União e acatada hoje por Waldir Maranhão, demonstra que não existe crime de responsabilidade por Dilma.

"Continuaremos trabalhando, lutando para o convencimento dos senadores para que o Senado não admita o processo de impeachment", disse, em evento no Laboratório Brasileiro de Controle  de Dopagem, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. O processo contra a presidenta estava em discussão no Senado Federal.

O ministro também falou sobre processo que pede impugnação da eleição no Tribunal Superior Eleitoral e negou irregularidades "No pós-eleição, em 2014, a campanha foi auditada. Inclusive os técnicos do TSE admitem que foi a campanha mais auditada da história das eleições presidenciais. Tiramos todas as dúvidas e apresentamos toda documentação e as contas foram aprovadas."

Em relação à condução coercitiva do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, em São Paulo, o Edinho defendeu que seja respeitado o direito à defesa. O petista foi conduzido mais cedo para depor na Operação Zelotes, da Polícia Federal.

Laboratório de Dopagem

A visita do ministro ao Laboratório de Dopagem, no campus da Ilha do Fundão, marcou a entrada em operação do esquema especial para a Olimpíadas e a Paralímpiada. A estimativa é reunir cerca de 200 pesquisadores, sob supervisão da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), para para fazer cerca de 6 mil exames em atletas, 24h por dia, durante as competições.

O governo federal investiu R$ 151,3 milhões na construção da unidade que, de acordo com o diretor do laboratório, professor Francisco Radler, será um dos legados dos jogos.

De referência, a unidade continuará monitorando atletas mesmo depois dos jogos e ampliando expertise de laboratórios vinculados, em outras áreas da ciência. Desde agosto de 2014, a universidade contratou e investiu em cientistas e técnicos para trabalharem no local.

“Essa interação mais científica já acontece, temos um relacionamento com outros laboratórios creditados em antidopagem, no sentido de transferir informação e conhecimento para nós”, disse o professor. “Temos tido um intercâmbio grande entre nosso pessoal novo, contratado, que está sendo treinado lá fora, e aqui no laboratório por especialistas estrangeiros”.

Edição: Maria Claudia

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