Operação Abismo: diretor da Construbase se apresenta à PF em Curitiba

Publicado em 05/07/2016 - 15:20 Por Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O diretor da empreiteira Construbase, Genésio Schiavinato Júnior, se apresentou na manhã de hoje (5) à Polícia Federal (PF) em Curitiba. O executivo teve mandado de prisão temporária – que tem duração de cinco dias podendo ser prorrogada por mais cinco dias – expedido, mas não foi localizado ontem (4) pela PF durante a 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo.

Nessa segunda-feira, a Polícia Federal deflagrou a 31ª fase da Lava Jato para investigar desvios em licitações para a reforma do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro, onde são feitos estudos sobre a exploração de petróleo em águas profundas. Além de Schiavinato Júnior, outros mandados de prisão temporária foram expedidos contra executivos ligados ao Consórcio Novo Cenpes - formado pelas empreiteiras OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia. 

De acordo com o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), algumas empresas integrantes do consórcio participaram de um grande cartel para fixar preços e fraudar a licitação da reforma do centro de pesquisa da Petrobras.

Um dos alvos da operação foi o ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Alves Ferreira, que já se está preso desde o dia 23 na Superintendência da PF em São Paulo, em decorrência da Operação Custo Brasil, também da PF. O pagamento de propinas ao ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira teve como objetivo não somente irrigar as finanças do partido, como também proporcionar vantagens pessoais a ele, disseram investigadores responsáveis pela 31ª fase da Lava Jato. Os investigadores disseram ter colhido provas de que Ferreira recebeu recursos desviados da Petrobras. Ele usava contas de parentes para receber os recursos, um blog no qual publicava notas favoráveis à sua atuação política e também uma escola de samba de Porto Alegre para receber o dinheiro. Estima-se que o esquema causou prejuízo de R$ 39 milhões aos cofres da Petrobras. 

Edição: Carolina Pimentel

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