Recife: definidos apoios aos candidatos que disputam 2° turno da prefeitura

Atual prefeito Geraldo Júlio (PSB) disputa reeleição contra candidato

Publicado em 07/10/2016 - 18:01 Por Sumaia Villela - Repórter da Agência Brasil - Recife

Cinco dias depois da votação que definiu o segundo turno para a Prefeitura do Recife (PE), no domingo (2), todas as alianças entre os oponentes de primeiro turno já estão desenhadas na capital pernambucana. Uma das últimas legendas que concorreram ao pleito a anunciar seu posicionamento nessa última etapa, o PSOL divulgou ontem (6) que é oposição ao atual prefeito e candidato à reeleição Geraldo Júlio (PSB), mas não apoiará o candidato do PT, o ex-prefeito João Paulo.

Durante a semana o prefeito Geraldo Júlio (PSB) já havia recebido o apoio do DEM, PSDB e PV, enquanto o ex-prefeito João Paulo (PT) contou com a adesão de Pantaleão, candidato do PCO que ficou em último lugar na disputa, conquistando a preferência de 0,05% do total de eleitores, exceto brancos, nulos e abstenções.

Parte da base do governo do PSB até o início do ano, o DEM e o PSDB foram os primeiros a anunciar quem apoiariam no segundo turno. A decisão foi tomada em reunião conjunta realizada na última segunda-feira (3). Segundo nota divulgada pelos partidos, o posicionamento é contrário à candidatura do PT, o que gera, “consequentemente”, apoio a Geraldo Júlio. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também manifestou preferência pelo PSB – que o apoiou em Pernambuco no segundo turno das eleições presidenciais de 2014.

O candidato a prefeito pela legenda PSDB, deputado federal Daniel Coelho, porém, divulgou nota informando que não apoiaria nenhum dos dois oponentes. “Tenho muito respeito à posição dos partidos. No entanto, me reservo ao direito de não declarar voto a nenhuma das candidaturas que estão no segundo turno das eleições no Recife por entender que o PT fez muito mal ao país e que o PSB não consegue se desvincular das práticas políticas às quais discordo e enxergo dentro do próprio PT”, critica. 

O tucano ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 18,59% dos votos válidos. Já a candidata do DEM, deputada estadual Priscila Krause, obteve a quarta maior votação, com 5,43% do total.

PV, PSOL e PSTU

Na terça-feira (4) o candidato a prefeito do Partido Verde, Carlos Augusto, se encontrou com Geraldo Júlio e declarou sua adesão ao socialista no segundo turno. O PV já faz parte da base do PSB no governo, apesar de ter lançado candidatura própria. Carlos Augusto teve 0,62% dos votos válidos na votação do dia 02 de outubro.

Já a direção municipal do PSOL divulgou nota, por meio de rede social, em que critica ambas as candidaturas por atuar “em coalização com forças conservadoras e que atentam contra o necessário estádo laico e o atendimento das demandas do feminismo e das pessoas LGBTTI”, e avisa que será oposição a qualquer um dos dois projetos.

No entanto, a legenda argumenta que o atual prefeito é considerado a pior alternativa, porque “representa uma dinâmica de retrocesso às oligarquias” e “atrofiamento da democracia”. O candidato a prefeito pelo partido, deputado estadual Edilson Silva, não divulgou nota pessoal a respeito do segundo turno. Ele obteve o quinto lugar no primeiro turno, com 2,10% dos votos válidos.

A candidata do PSTU, Simone Fontana, que teve 0,12% dos votos e ficou em penúltimo lugar, não divulgou nota pública falando de seu posicionamento. Em resposta à Agência Brasil, o partido afirmou que defende o voto nulo para o segundo turno. “Nenhuma das duas candidaturas representa ou merece o voto dos trabalhadores. O PT já foi gestão durante 12 anos no Recife, e atacou os servidores públicos, em especial os professores. E Geraldo Júlio também tem atacado duramente o conjunto dos servidores, inclusive na última campanha salarial deu 0% de reajuste e não pagou o piso salarial dos professores”, cita.

Edição: Amanda Cieglinski

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