Após denúncias, Temer adia ida para SP e despacha no Palácio do Planalto

Publicado em 12/12/2016 - 11:55 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Michel Temer cancelou, de última hora, sua participação hoje (12) no Congresso Anual Movimento Falconi, em São Paulo. A expectativa, anunciada anteriormente em sua agenda, era de que ele discursasse na cerimônia de abertura do evento, previsto para as 13h. O Planalto não informou o motivo da alteração na agenda, mas confirmou que Temer participará do outro evento em São Paulo, previsto para as 20h30 no Palácio dos Bandeirantes, onde receberá o Prêmio Líder do Brasil 2016.

O presidente permanece em Brasília e faz despachos internos no Palácio do Planalto. A ida para São Paulo foi adiada e agora, o único evento previsto na agenda é o da noite.

Neste domingo (11), Temer voltou de São Paulo para Brasília e convocou ministros para uma reunião no Palácio do Jaburu, onde, segundo o líder do PSD na Câmara dos Deputados, Rogério Rosso, foram discutidos os últimos ajustes em um pacote de medidas econômicas, a serem lançadas ainda nesta semana com o objetivo de reativar a economia o quanto antes. Segundo Rosso, o governo pretende marcar na terça-feira (13) uma reunião com líderes partidários para apresentar as propostas para combater a crise econômica.

As reuniões de ontem acontecem logo após a imprensa divulgar o teor da delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, como parte do acordo de leniência da empresa com a justiça, relativa à Operação Lava Jato. De acordo com as reportagens, ao todo 51 políticos de 11 partidos teriam recebido propina da Odebrecht, inclusive o presidente Michel Temer, o ministro Padilha, o ex-ministro do Planejamento, senador Romero Jucá, e o ex-secretário de Governo, Geddel Vieira Lima.

O Palácio Planalto repudiou na última sexta-feira (9), em nota, as acusações de que o presidente Michel Temer teria solicitado valores ilícitos da empreiteira Odebrecht em meio à campanha à Presidência em 2014.

Em nota, o Planalto diz que todas as doações da construtora foram legais. “O presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho.  As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE [Tribinal Superior Eleitoral]. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente”, diz a nota.

 

Edição: Lidia Neves

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