Governadora de Roraima pede ajuda a Temer para concluir Linhão de Tucuruí

Publicado em 16/03/2017 - 12:53 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasília - Governadora de Roraima, Suely Campos, fala à imprensa após reunião com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Suely Campos diz que Linhão de Tucuruí pode amenizar riscos de apagão no estadoAntonio Cruz/Agência Brasil

A governadora de Roraima, Suely Campos, pediu ajuda ao presidente Michel Temer para avançar com a construção do Linhão de Tucuruí, de forma a amenizar os riscos de apagão no estado. A maior parte da energia elétrica consumida em Roraima (72,2%) tem como origem a Venezuela. O restante (27,8%) é gerado a partir de quatro usinas termelétricas.

O Linhão de Tucuruí se estenderá da capital do estado, Boa Vista até Manaus e de lá ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O leilão desse trecho foi feito em 2011 e vencido pelo consórcio TransNorte, ao custo de R$ 1,5 bilhão. Segundo a governadora, a obra não avança porque depende de autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai). “Ela sequer saiu do papel, uma vez que não obtivemos autorização para a passagem do Linhão pelos 125 quilômetros da Terra Indígena Waimiri-Atroari”, disse Suely, ao reafirmar que a instalação de 250 torres de transmissão nessa área “não causará nenhum impacto”.

“Somos o único estado que não está interligado ao SIN, e isso está atrapalhando o nosso desenvolvimento. Não é possível que 1,6 mil indígenas possam impedir o crescimento [econômico] de um estado com 600 mil habitantes”, argumentou a governadora.

Participaram da reunião parlamentares do estado e o presidente da Funai, Antônio Costa. Segundo a governadora, Costa recebeu de forma muito positiva a demanda apresentada e se comprometeu a abordar o assunto com os indígenas. “O presidente da Funai tem força de vontade para tratar [do assunto] com os índios. Ele tem conhecimento e tem abertura com eles”, disse Suely. A governadora informou que a obra já recebeu a licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas falta ainda a licença de instalação.

Edição: Graça Adjuto

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