GSI: manifestação começou pacífica e foi prejudicada por grupos radicais

Publicado em 25/05/2017 - 13:16 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasília - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, fala à imprensa sobre a revogação do decreto que autorizou o emprego das Forças Armadas para garantir a lei e a ordem, no Distrito Federal (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Os  ministros  Sérgio  Etchegoyen,  de  Segurança Institucional, e Raul Jungmann, da Defesa anunciam revogação  de  decreto Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen, disse hoje (25) que a ação de vândalos, durante o protesto Ocupa Brasília, não condiz com o contingente “ordeiro e pacífico” que iniciou a manifestação de ontem (24). Segundo o ministro, o ato promovido pelas centrais sindicais foi prejudicado por “grupos absolutamente radicais”.

“Acompanhamos a concentração, a chegada os ônibus e a descida das pessoas em direção ao local da manifestação. Era um enorme contingente pacífico e ordeiro, como acontece nas democracias sadias”, disse Etchegoyen, ao iniciar sua fala, durante o anúncio de suspensão do decreto presidencial que autorizava o uso das Forças Armadas, por meio de ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Segundo o ministro da Segurança Institucional, “em determinado momento”, foi identificado que a polícia não dispunha de efetivo e de estrutura suficientes para lidar com a situação e, logo em seguida, a violência foi desencadeada. Etchegoyen informou que, às 14h30, foi disparada uma mensagem aos secretários executivos dos ministérios, sugerindo que “dispensassem seus servidores porque ainda havia vias que davam a eles segurança”.

“Rapidamente, a situação evoluiu para um confronto, e rapidamente houve violência por parte desses grupos absolutamente radicais e desconectados de qualquer propósito, pelo menos alegado, da manifestação. Eles então passaram às ações de vandalismo e violência, até que se chegasse ao momento culminante em que se ateou fogo ao Ministério da Agricultura”, disse Etchegoyen.

Foi nesse momento – com a impossibilidade da chegada imediata do Corpo de Bombeiros, e tendo em vista o efetivo insuficiente para aquela [situação] e para outras que se apresentavam na Esplanada – que, segundo o ministro, o presidente Temer “aceitou e decidiu pela sugestão de emprego de mais força e mais tropas”, com o objetivo de “preservar as vidas” das pessoas que estavam no interior dos prédios. “Esse foi o gatilho disparador da decisão do emprego das Forças Armadas”, disse ele.

“As pessoas estavam presas e aterrorizadas nos prédios. Foi então decidida a preservação da segurança delas e do patrimônio público”, acrescentou o ministro. Segundo Etchegoyen , as Forças Armadas permaneceram nos ministérios durante toda a noite. “A situação se normalizou e, pela manhã, não havia mais razões que fundamentassem a permanência”.

Edição: Lidia Neves

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