Janot apresenta ao STF defesa sobre pedido de suspeição para atuar contra Temer

Publicado em 25/08/2017 - 20:20 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante a 22 Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul (REMPM) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que as acusações dos advogados de Temer são “meras conjecturas”Marcelo Camargo/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou hoje (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) resposta ao pedido de suspeição feito pela defesa do presidente Michel Temer para atuar em investigação relacionada ao presidente que está em tramitação na Corte. No documento, Janot diz que as acusações dos advogados são “meras conjecturas”.

Na resposta, o procurador também afirmou que atua com imparcialidade no caso que envolve Temer. “A arguição de suspeição somente procede quando robusta prova a demonstra insofismavelmente. Não merece acolhida quando expressa por meio de meras conjecturas destituídas de elementos idôneos de convicção. Sem dúvida, o caso em exame se enquadra nesta última hipótese”, argumenta Janot

No início do mês, o advogado Antonio Mariz, representante de Temer, acusou Rodrigo Janot de parcialidade nas investigações. “Se ao contrário, assumir de pronto que o suspeito é culpado, sem uma convicção da sua responsabilidade, vai atuar no curso das investigações e do processo com o objetivo de obter elementos que confirmem o seu posicionamento prematuro”, diz Mariz.

Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot disse que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", fazendo referência ao processo de investigação contra o presidente.  “Parece pouco interessar ao procurador se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de Michel Temer, é a instituição Presidência da República; as instituições republicanas; a sociedade brasileira ou a nação”, diz o defensor.

Com a chegada ao Supremo da manifestação de Janot, caberá ao ministro Edson Fachin decidir sobre a suspeição do procurador.


 

Edição: Fábio Massalli

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