Frente Parlamentar Evangélica lança agenda para próxima legislatura

Publicado em 24/10/2018 - 21:36 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil* - Brasília

A Frente Parlamentar Evangélica lançou nesta quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados, o manifesto O Brasil para os Brasileiros. Com 60 páginas, o documento é embasado em quatro eixos de ação para a atuação dos parlamentares no período de 2019 a 2022.

Com propostas para a modernização do Estado, segurança jurídica, segurança fiscal e revolução na educação, o manifesto faz uma análise conjuntural do país.  “Essa frente parlamentar quer colocar o Estado, a máquina do Estado, em favor do brasileiro. Por isso, nós estamos utilizando o lema O Brasil para os Brasileiros, afirmou o coordenador da frente, deputado Takayama (PSC-PR). 

O presidente da bancada evangélica, Pastor Takayama, durante lançamento de um Manifesto à Nação intitulado “O Brasil para os Brasileiros”, no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
O coordenador da frente, Deputado Takayama, fala sobre o manifesto - Valter Campanato/Agência Brasil

Segundo Takayama, o manifesto será a base de atuação da frente parlamentar e um instrumento de cobrança do Executivo Federal. Uma das sugestões incluídas no documento é a redução do número de ministérios de 29 pastas para até 15. A medida acabaria com cerca de 600 cargos comissionados, 20% do total, diz a frente.

“A atual estrutura orgânica tornou o Estado excessivamente intervencionista, gerador de déficits, incapaz de atender de forma eficaz às demandas da sociedade. Esvaziou, por causa do seu tamanho e complexidade, a capacidade de o Estado planejar suas políticas públicas”, destaca o manifesto.

O documento acrescenta que o "enxugamento” da administração federal é essencial para limitar a ação regulamentadora e intervencionista do Estado. "Ademais, uma reforma orgânica propicia a conquista e o apoio da sociedade, já cansada de tanto desperdício e da falta de recursos para as funções precípuas do Estado”, completa o documento.

Outra proposta é intensificar o teletrabalho para os servidores que não atendam diretamente o público. Isso traria, segundo a frente, redução de custos de deslocamento, de manutenção e aumento de produtividade.

“Com a possibilidade da centralização das atividades de governo em sedes únicas nos estados – Projeto Casas da União –, com o compartilhamento da área meio e de recursos logísticos, faz todo sentido manter o pessoal de serviço técnico especializado da localidade em teletrabalho, com espaço de trabalho apenas temporário na sede, com redução dos custos de deslocamento, custos prediais e outros insumos, assim como o aumento da produtividade”, diz o manifesto. 

Atualmente, a frente é integrada por 180 parlamentares. A expectativa é que o grupo cresça cerca de 20% na próxima legislatura.

*Com informações da Agência Câmara 

Edição: Nádia Franco

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