Desemprego registra queda em 22 unidades da federação

Publicado em 12/08/2022 - 16:25 Por Tâmara Freire - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

O desemprego caiu em 22 unidades da federação no 2º trimestre deste ano, na comparação com igual período anterior, refletindo a redução do índice nacional, que recuou de 14,2 para 9,3%. Nos outros cinco locais houve estabilidade: Distrito Federal, Amapá, Ceará, Mato Grosso e Rondônia. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, e foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

A maior redução foi registrada em Pernambuco, 3,5 pontos percentuais. Mesmo assim o estado do Nordeste continuou registrando a segunda maior taxa do país, com 13,6% da população em idade de trabalhar desempregada.  Apenas a Bahia tem uma parcela maior: 15,5%. O terceiro lugar também fica na região Nordeste: Sergipe com 12,7. Já as menores taxas foram registradas em Santa Catarina, com 3,9%, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As diferenças regionais também continuam em outras análises do mercado de trabalho brasileiro a informalidade, por exemplo, chegou próxima de 62% no Pará, 22 pontos percentuais acima da média nacional, mas foi quase o dobro do verificado no Distrito Federal, 31,2%.

De acordo com a gerente da pesquisa Adriana Beringuy isso está relacionado com características econômicas e cada local.

Outro dado mostra ainda que no Piauí, mais de 42% dos trabalhadores estavam subutilizados no trimestre encerrado em junho. Essa categoria reúne desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e aquelas que tem potencial para trabalhar, mas não estão em busca de uma vaga. Já em Santa Catarina, essa taxa alcançou  apenas 7%.

A PNAD também trouxe recortes por grupos sociais que mostram diferenças significativas por cor ou raça. Entre abril e junho, 7,3% das pessoas brancas estavam desempregadas, frente 11,3% dos pretos e 10,8% das pessoas pardas. A disparidade de rendimentos foi ainda maior, e a cada 1 real recebido por um trabalhador branco, pretos e pardos tiveram em média 59 centavos.

A desigualdade de gênero também prevalece e enquanto as taxas de desocupação dos homens ficou em 7,5%, a das mulheres chegou a 11,6,  mesmo depois de uma redução de 2,2 pontos percentuais entre os semestres. E enquanto eles receberam em média 2917 reais por mês, elas ganharam menos de 2300.

Já a análise por níveis de instrução, mostra que o desemprego é maior entre os brasileiros com ensino médio incompleto, compondo uma taxa de 15,3%, mais do que o triplo da verificada entre aqueles com nível superior completo, que ficou em 4,7%.

 

Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi

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