Pioneira em vitórias na esgrima, Rayssa Costa pede mais visibilidade ao esporte

Publicado em 07/08/2016 - 17:00 Por Edgard Matsuki - Enviado Especial do Portal EBC - Rio de Janeiro

Para alguns atletas, uma vitória pode ter o significado de uma medalha. É o caso de Rayssa Costa, da esgrima. Ao derrotar a suíça Tiffany Géroudet por 15 a 13, pela categoria espada, ontem (6), ela conseguiu o primeiro triunfo da história da esgrima feminina do Brasil em Jogos Olímpicos.

Rayssa espera que a vitória traga mais visibilidade ao esporte no país. “Esse foi o pontapé inicial para ver se conseguimos tornar o esporte mais conhecido aqui. Quem sabe, as pessoas não busquem conhecer as regras do esporte e mais patrocinadores cheguem!”, exclamou. Brasiliense, Rayssa mora em São Paulo e treina no Clube Pinheiros.

A atleta considera que o resultado histórico foi resultado de um trabalho que durou quatro anos e envolveu muita gente. “Só de estar nas Olimpíadas já foi uma vitória. Para chegar, ganhei vários torneios, me preparei fisicamente e psicologicamente. Ganhar o jogo foi gratificante, resultado de quatro anos de trabalho”, disse ela.

Eliminada na segunda fase pela tunisiana Sarra Besbes, Rayssa teve o “recorde de vitórias nas mulheres da esgrima nas Olimpíadas” quebrado pela ítalo-brasileira Nathalie Moellhausen ainda ontem. Também na categoria espada, ela venceu dois jogos e chegou até as quartas de final.

Neste domingo (7), Guilherme Toldo também foi muito bem. Na categoria florete, ganhou três partidas e chegou às quartas de final.

O Brasil ainda tem chance de fazer mais história em esgrima nestas Olimpíadas. A seleção também disputa competições em categorias individuais e por equipe. Rayssa e a equipe da espada enfrentam a Ucrânia. “É uma equipe muito forte, que tem Yana Shemyakina, campeã mundial. Mas acho que podemos ganhar”. Ela tem dois planos em mente para depois das Olimpíadas: “primeiro, eu vou descansar um pouco; depois, começar tudo de novo, visando Tóquio”.

Edição: Stênio Ribeiro

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