Há 14 dias, 321 municípios paulistas não registram óbitos por covid-19

Número de mortes e de casos confirmados continua em queda

Publicado em 09/09/2020 - 15:19 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, disse hoje (9) que, dos 645 municípios paulistas, 321 não registram mortes provocadas pelo novo coronavírus há 14 dias. Se forem considerados apenas os últimos sete dias, não há registro de mortes por óbitos por covid-19 em 422 municípios do estado. “São indicadores bastante positivos”, afirmou Gabbardo.

Com 7.793 novos registros da doença e mais 391 mortes nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo soma agora 866.576 casos confirmados do novo coronavírus, com 31.821 mortes. Do total de casos diagnosticados, 717.423 pessoas estão recuperadas, sendo 96.163 após internação.

Há 4.525 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) de todo o estado em casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, além de 6.059 em leitos de enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 53,1% no estado (a mais baixa desde o início da pandemia) e de 52,6% na Grande São Paulo.

Nesta semana, o estado vem apresentando novamente queda no número de óbitos e no número de novas internações pela doença. Os dados desta semana, no entanto, só serão finalizados no próximo sábado (12).

“Melhoramos [nossos indicadores], mas não estamos no nosso normal. Isso só será possível com a presença de vacinas. Quanto mais vacinas, maior a possibilidade de conseguirmos imunizar toda a população. Enquanto isso, as regras sanitárias de distanciamento e de evitar aglomerações são necessárias”, disse Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde.

Aglomeração nas praias

No feriado prolongado de 7 de Setembro, milhares de pessoas lotaram as praias do litoral paulista. Também foram vistas aglomerações em parques e em bares e restaurantes de diversas cidades. Segundo o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, os impactos dessas aglomerações sobre os indicadores relacionados à pandemia só serão conhecidos em 15 dias, já que leva algum tempo para que apareçam os primeiros sintomas.

O coordenador do Centro de Contingência, José Medina, faz recomendações às pessoas que estiveram em alguma dessas aglomerações e começam a sentir sintomas semelhantes aos de uma gripe ou relacionados à perda de olfato e de paladar. O primeiro cuidado para minimizar possíveis danos é evitar a possibilidade de transmissão para parentes, principalmente em famílias que que residam idosos, diabéticos e portadores de doença cardiovascular ou com alguma comorbidade.

"Nessa situação, é necessário usar máscara facial em casa e fazer um distanciamento consciente. Após as aglomerações, é nesses dias [desta semana] que as pessoas começarão a desenvolver algum sintoma. Aí, elas deverão procurar uma unidade básica de saúde, algum atendimento médico, para que possa fazer o teste do PCR [exame que identifica e confirma a presença ativa do novo coronavírus]", acrescentou Medina.

Operação nas praias

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a Vigilância Sanitária fez 2.170 inspeções em estabelecimentos comerciais durante o feriado prolongado de 7 de Setembro para verificar se estavam atendendo às exigências sanitárias para o combate à covid-19, entre as quais a obrigatoriedade do uso de máscara.

Do total de estabelecimentos inspecionados, 79 foram autuados. Só na Baixada Santista, foram feitas 899 inspeções, e 64 estabelecimentos foram autuados.

Edição: Nádia Franco

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