Conforme dossiê divulgado nesta segunda-feira (29), 72% das pessoas trans assassinadas em 2023 eram negras; 57% tinham a prostituição como principal fonte de renda e idade média de 30,4 anos.
Doutorando em saúde coletiva, Leonardo Peçanha, que é trans e negro, lamenta que seus pares só queiram ouvi-lo sobre outros temas: "esperam que a gente fale de morte".
Em 2022, 131 pessoas trans e travestis foram assassinadas em todo o país. Outras 20 tiraram a própria vida em virtude de discriminação e do preconceito.
"Saímos de um quadro onde não haviam representações trans na Câmara para duas extremamente qualificadas e poderosas", disse a Associação Nacional de Travestis e Transexuais.
Estudo registrou 316 mortes violentas de pessoas LGBTI+ em 2021 e 237 em 2020. Dados constam do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil.