Mais de quatro anos após o início da implementação das audiências de custódia no Brasil, a maioria dos presos (57%) continua sendo enviada ao sistema prisional pela Justiça por meio da prisão preventiva.
As audiências de custódia liberam proporcionalmente mais pessoas brancas do que negras, revela pesquisa do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD). Em parceria com grupos de pesquisa, o IDDD acompanhou as audiências em nove capitais por um período amostral de dois meses. Em quatro cidades em que foi feito o recorte racial, verificou-se que pretos e pardos saem com prisão preventiva decretada em uma frequência maior do que os brancos.
Advogados e entidades ligadas ao direito fizeram, esta noite (18), um ato público pelo direito de defesa, com críticas aos poderes Legislativo e Judiciário, na Sala do Estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, no centro da capital paulista.