Em meio ao surto do vírus Zika que impactou milhares de famílias pelo Brasil, entre 2015 e 2016, nasceu a pequena Nicole, em Salvador, na Bahia.
A vendedora de brinquedos Fernanda* namorou o marceneiro Eduardo* por três anos, período ao longo do qual romperam e reataram diversas vezes. Depois de anunciar que estava grávida, o casal combinou que moraria junto.
Zelo, carinho e dedicação costumam estar associados à imagem materna. Elas criam, educam e estão ao lado dos filhos quando eles adoecem. Chega um momento, entretanto, que os papéis se invertem. As mães envelhecem e passam a precisar cada vez mais do cuidado dos rebentos.
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram que há um ativismo entre as mulheres, mães de crianças com microcefalia em decorrência do Zika vírus, em busca do fortalecimento e solidariedade mútuos.
Uma sucessão de abandonos e incertezas. Assim é descrita por pesquisadores a realidade de milhares de mães de bebês que nasceram com microcefalia e outras sequelas devido à infecção pelo Zika vírus.