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Anistia Internacional homenageia cineasta Eduardo Coutinho

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/02/2014 - 16:48
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - O cineasta Eduardo Coutinho, de 81 anos, foi encontrado morto neste domingo (2), dentro de casa, no bairro da Lagoa, na zona sul da cidade. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso. (Divulgação)
© Divulgação

O cineasta Eduardo Coutinho, assassinado no último dia 2, vai ser homenageado na noite de hoje (27) pela Anistia Internacional, com a exibição de um de seus filmes – o premiado Cabra Marcado para Morrer – em sua sede, na Praça São Salvador. As senhas serão distribuídas às 19h e o filme começará meia hora depois. Após a sessão, haverá um debate com a professora Patricia Rebello da Silva, da Faculdade de Comunicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

De caráter semidocumental, o filme mostra a vida de João Pedro Teixeira, líder da Liga Camponesa da Galileia, na Paraíba, assassinado em 1962, e reconstitui a trajetória de sua família após a morte dele. A produção começou em 1964, mas foi interrompida com o golpe militar. As filmagens foram retomadas 17 anos depois, quando foram tomados os depoimentos dos camponeses ouvidos no início dos trabalhos e também da viúva de João Pedro, Elisabeth Teixeira, que passou esse período vivendo na clandestinidade e longe dos filhos.

Cabra Marcado para Morrer foi lançado em 1984 e recebeu 12 prêmios, entre eles os dos festivais de Berlim, do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, do Rio, do Cinema Brasileiro de Gramado e de Cine Realidade de Paris.

Considerado o maior documentaristas brasileiro, Coutinho também dirigiu produções para televisão e teatro e longas-metragens de ficção. Nos anos 60 do século passado, teve contato com o Cinema Novo e integrou o Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC da UNE). Entre seus filmes mais conhecidos, estão Edifício Master e Babilônia 2000.