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Guterres defende reforma da ONU e uso de recursos para crises globais

Secretário-geral está no Brasil para reunião da cúpula do G20
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Solimar Luz - Repórter da Rádio Nacional
17/11/2024 - 19:03
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro(RJ), 17/11/2024 - O secretário-geral da ONU, António Guterres, concede coletiva no Centro de mídia do G20.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O secretário-geral da ONU, Organização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que líderes do G20 têm a responsabilidade de usar seu poder econômico para a resolução de problemas globais, oferecendo ajuda aos países mais vulneráveis.

A declaração foi feita, neste domingo, durante coletiva de imprensa no centro de imprensa da Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro.

Em sua fala, o secretário-geral destacou a importância da reforma das instituições e que países do Sul Global, como o Brasil, por exemplo, devem ter mais poder e espaço nas decisões do Conselho de Segurança da ONU.

“O Conselho de Segurança corresponde ao mundo de 1945. Não há nenhum país africano, não há nenhum país latino-americano. A reforma do Conselho de Segurança é um pilar essencial das reformas que consideramos indispensáveis para que o mundo seja mais justo. E essa reforma tem que ser em nome da justiça e em nome da justiça implica que a presença dos países do Sul seja muito maior em todas estas instituições.”

Em sua fala, ele também lembrou a seca na Amazônia e as enchentes no Rio Grande do Sul. E enfatizou que os países do G20 devem liderar as ações para enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas e as guerras.

O secretário-geral da ONU também destacou a importância do G20 e fez um apelo aos países.

“Que tenham espírito de consenso, exibam bom senso e para que encontrem as possibilidades de transformar esta reunião do G20 num êxito com decisões que sejam decisões relevantes para a ordem internacional.”

António Guterres está no Brasil para participar da Cúpula de Líderes do G20, que será realizada na capital fluminense, nesta segunda e terça-feira. Ele discursará em sessões sobre inclusão social e combate à fome e à pobreza, reforma das instituições de governança global, bem como desenvolvimento sustentável e transição energética.