Bloqueio de estradas e ocupações de prédios públicos marcarão Grito da Terra
Maior ato anual de mobilização e protesto de produtores da agricultura familiar do país, o Grito da Terra deste ano trocará a tradicional marcha de agricultores em Brasília por ocupações de órgãos públicos e bloqueio de estradas em vários estados. Organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o Grito da Terra, que em 2014 chegou a sua 20a edição, vai até a próxima quinta-feira (22).
De acordo com organizadores do movimento, a mudança servirá para pressionar, principalmente, prefeitos e governadores a executarem projetos e políticas voltados ao setor que tiveram o aval do governo federal em marchas anteriores mas, segundo eles, não saíram do papel. Os líderes do movimento, segundo a Contag, devem ser recebidos pela presidenta Dilma Rousseff na quarta-feira (21), no Palácio do Planalto.
Em Brasília, ainda de acordo com a Contag, 650 trabalhadores devem participar de uma ocupação. O local, no entanto não foi revelado. A expectativa dos organizadores do Grito da Terra é que aproximadamente 50 mil trabalhadores participem dos atos em todo o país.
A pauta do movimento, com 23 pontos centrais, foi entregue à Presidência da República no dia 3 de abril. Entre as principais demandas do setor estão a reforma agrária, com a efetivação do Sistema Nacional sobre a Estrutura Fundiária, aumento de recursos para o financiamento dos pequenos produtores e a revogação de norma que dificulta a execução do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).