Estudantes voluntários ajudarão no atendimento à mulher em São Paulo

Publicado em 08/03/2019 - 19:21 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Até o fim deste mês, alunos de faculdades e universidades de São Paulo ajudarão a atender mulheres em áreas como saúde, direito, psicologia e assistência social. O atendimento será prestado gratuitamente em hospitais, delegacias de Defesa da Mulher e nos centros de Integração da Cidadania (CICs) A ação é da Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo.

“Faremos convênios com universidades e com outras organizações civis para trazer um trabalho para os CICs e melhorar a orientação jurídica, o atendimento psicológico, a assistência social, a qualificação profissional e proteção à saúde da mulher”, disse o secretário de Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Mascaretti.

Segundo a coordenadora de Políticas para a Mulher, Albertina Duarte Takiuti, a ação terá início segunda-feira (11), no CIC de Taipas. Ela informou que as mulheres serão atendidas por alunos dos cursos de medicina, direito, psicologia, nutrição, educação física e serviço social, sob orientação de professores. “São estudantes do último ano. A coordenação será da faculdade”, disse Albertina à Agência Brasil. O trabalho é totalmente voluntário. “O investimento é o compromisso voluntário das pessoas”, afirmou.

O protocolo de intenção, que ampliará o atendimento gratuito que já é prestado à mulher em diversos locais no estado, foi assinado hoje (8) à tarde, em São Paulo. A modelo Luiza Brunet, que foi vítima de violência doméstica, participou da cerimônia e será uma das divulgadoras da ação. Para ela, ações como essa são importantes para evitar a violência contra a mulher e orientá-la a denunciar agressões e abusos dos quais seja vítima. 

“Quando sofri a agressão, eu podia ter ficado quieta, mas decidi realmente colocar isso para fora, contar para todo mundo e fazer disso uma causa. Estou muito feliz com esse meu novo foco de trabalho”, disse a modelo. “É importante que as mulheres denunciem [a violência de que são vítimas], mas é importante também que elas entendam que o tempo da Justiça é o tempo da Justiça. Queremos que aconteça rápido [a punição], mas, às vezes, demora um pouquinho. Mas o crime será punido”, ressaltou. “Denunciar me fez muito bem. É um processo de cura interna mesmo. Você perde a vergonha e se torna referência. Não importa quem você seja. O fato de você denunciar, empodera outras mulheres a fazerem igual”, enfatizou.

Também hoje, a Secretaria de Justiça e Cidadania lançou a campanha Mulher, Você Pode. Por meio de vídeos e cartazes, que serão divulgados nas redes sociais, a secretaria contará a história de várias mulheres.

"É uma campanha que visa à valorização da mulher e mostrar que ela merece uma situação de destaque e de respeito na sociedade pelo papel fundamental que desempenha. E também trazer a ideia de que a mulher, em situação de violência, seja ela qual for, deve romper o silêncio e levar ao conhecimento das autoridades a violência e a agressão que sofreu. E o Estado tem a obrigação de dar todo apoio a essas mulheres", afirmou Paulo Dimas Mascaretti.

 

 

 

 

Edição: Nádia Franco

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