FecomercioSP e Força Sindical elogiam redução da Selic para 13% ao ano

Publicado em 11/01/2017 - 21:06 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A redução na taxa básica de juros (Selic), anunciada hoje (11) pelo Banco Central, foi considerada acertada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Para a federação, “o Banco Central (BC) acertou ao reduzir a taxa Selic para 13% ao ano, diante de um cenário que considera muito mais estável do que no passado recente”,

Para a entidade, no entanto, o movimento de corte de juros “poderia ter começado um pouco antes”. Mesmo assim, a federação comemorou a redução anunciada e disse esperar que na próxima reunião do Copom “o ciclo de queda de juros mantenha o ritmo”.

Segundo a FecomercioSP, a redução da Selic, aliada a medidas como a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) do teto de gastos e as reformas da Previdência e trabalhista, “são fatores que a federação julga relevantes no curto prazo para o ajuste macroeconômico”.

“A federação acredita que com o fim da transitoriedade da autoridade do Banco Central, a aprovação das primeiras propostas de ajuste fiscal e com a inflação efetivamente em queda, as autoridades econômicas terão um horizonte ainda mais claro para adotarem medidas que reduzirão os juros mais profundamente, sem comprometer o controle inflacionário nas próximas reuniões.

Força Sindical

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, também elogiou a redução da Selic, mas disse esperar uma redução ainda maior. Na sua opinião, “o Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] acertou no remédio ao decidir pelo corte na taxa básica de juros, mas errou na dose. Manter a Selic em patamar elevado resulta em consequências danosas para o setor produtivo e para os trabalhadores, como o aumento do desemprego”.

Para ele, “a redução é positiva, mas insuficiente”. Segundo Paulinho, “juros nas alturas são uma forma de concentrar cada vez mais renda nas mãos dos grandes banqueiros e rentistas. E o país precisa investir no fomento da produção, na geração de empregos e na distribuição de renda para retomar o caminho do seu crescimento econômico”.

Edição: Stênio Ribeiro

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