Cepal reduz projeção de crescimento da América Latina e Caribe para este ano

Publicado em 24/04/2017 - 16:46 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal) reduziu a projeção de crescimento da atividade econômica para este ano na região de 1,3% para 1,1%, em média. A estimativa anterior havia sido anunciada em dezembro do ano passado.

Segundo comunicado divulgado hoje (24), em 2017, o crescimento irá mostrar uma dinâmica diferente entre os países e sub-regiões. As economias da América do Sul, especializadas na produção de commodities, especialmente petróleo, minerais e alimentos, terão crescimento médio de 0,6%. O valor representa queda ante a projeção anterior, de 0,9%.

De acordo com a Cepal, “a dinâmica de crescimento em 2017 considera um aumento na demanda externa por essas economias, prevendo-se crescimento maior dos parceiros comerciais dos países e dos preços dos produtos básicos que, neste ano, serão em média mais altos do que os vigentes em 2016”.

Já as economias da América Central terão taxa de crescimento de 3,6% em 2017 – em dezembro a projeção era de 3,7%. “Esta projeção é basicamente explicada pela resiliência da demanda interna, que deverá ser o principal motor deste ano, bem como por uma boa perspectiva de crescimento para o principal parceiro comercial dessas economias: Estados Unidos”, diz o documento.

Para o Caribe, espera-se crescimento médio de 1,4% em 2017, valor acima da taxa projetada em dezembro (1,3%).

Investimentos

Segundo a Cepal, para sustentar o crescimento esperado em 2017, é necessário promover mais dinamismo ao investimento e aumentar a produtividade por meio da inovação com sustentabilidade ambiental. “Neste aspecto, a infraestrutura deve desempenhar um papel central, pois é a base para o crescimento sustentável”, afirma a Cepal.

A comissão também destaca a necessidade de reforçar o quadro de investimento na região por meio de ajustes fiscais inteligentes para “assegurar a sustentabilidade das finanças públicas na região, mas no contexto de políticas que levem em conta o impacto sobre o potencial de crescimento a longo prazo, as condições sociais dos habitantes da região”.

Edição: Luana Lourenço

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