Utilização da capacidade instalada da indústria tem primeira queda em 4 meses

Em fevereiro, a indústria operou, em média, com 77,3% da capacidade

Publicado em 03/04/2017 - 16:43 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A utilização da capacidade instalada da indústria caiu em fevereiro, no primeiro recuo em quatro meses, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em fevereiro, a indústria operou, em média, com 77,3% da capacidade instalada, com recuo de 0,4 ponto percentual em relação a janeiro. Em outubro do ano passado, o indicador tinha atingido o menor nível da série histórica (76,1%), tendo subido para 76,2% em novembro, 76,7% em dezembro e 77,7% em janeiro.

No mês retrasado, tanto o faturamento como o emprego subiram 0,4% em relação a janeiro. No entanto, na comparação com fevereiro do ano passado, o faturamento acumula queda de 9,5%; e o emprego, retração de 3,9%. Todos os números são livres de efeitos sazonais (oscilações da economia conforme a época do ano).

Em nota, a CNI informou que os dados da indústria continuam sem apontar tendência clara de recuperação. Segundo a nota, nos últimos meses, os dados da indústria mostraram-se ambíguos, com o crescimento de indicadores sucedidos por acomodações ou quedas. "No entanto, a pesquisa sinaliza que a longa e difícil trajetória de queda em todos os indicadores da indústria parece ter se encerrado. Contudo, ainda não há uma recuperação forte e sustentada em curso”, destaca a entidade.

Trabalhadores

Os rendimentos dos trabalhadores da indústria continuam em queda, mesmo com a leve recuperação do emprego, o que indica que as contratações estão ocorrendo com salários menores. Em fevereiro, a massa salarial e o rendimento médio do trabalhador da indústria caíram 0,7% em relação a janeiro.

De acordo com a CNI, os dois indicadores estão em queda há cinco meses seguidos. Na comparação entre o primeiro bimestre deste ano e o de 2016, a massa salarial acumula queda de 6,2%; e o rendimento médio, recuo de 2%.

Edição: Luana Lourenço

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