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Economia

BC sinaliza que pode fazer novo corte na taxa básica de juros em fevereiro

Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/12/2017 - 09:22
Brasília
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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
© Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

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Taxa básica de juros, hoje em 7% ao ano, pode cair para 6,75% em fevereiro, o que beneficiará o consumo  Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A taxa básica de juros, a Selic, poderá voltar a ser reduzida em fevereiro de 2018. É o que sinalizou o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em ata da última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa chegou ao seu menor nível histórico: 7% ao ano. A expectativa de instituições financeiras é que essa taxa seja reduzida em 0,25 ponto percentual na próxima reunião do comitê, indo para 6,75% ao ano.

No documento, o Copom diz que seria “apropriado sinalizar” que poderá haver nova redução “moderada” na próxima reunião, “sob a perspectiva atual”. “Mas [os membros do Copom] avaliaram que cabia advertir que essa visão é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores”, diz a ata.

O Copom destacou que "houve consenso em manter liberdade de ação, mas sinalizar que o atual estágio do ciclo [de cortes na taxa básica] recomenda cautela na condução da política monetária [decisões sobre a Selic]".

Segundo o comitê, a continuidade da redução da Selic depende da evolução da atividade econômica e das expectativas de inflação.

O Copom também destacou que a aprovação da reforma da Previdência é fundamental para manter a inflação baixa.

“Todos os membros do comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e a implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira, são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade”, enfatizou.

Inflação abaixo da meta

Na ata, o Copom cita a alta dos preços administrados, como gás, energia e gasolina. Mas destaca, que na direção oposta, “em magnitude substancialmente maior”, há redução dos preços de alimentos.

“Com a perspectiva de redução de preços da ordem de 5% no ano, o componente de alimentação no domicílio medido pelo [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] IPCA explica grande parte do desvio da inflação em relação à meta de 4,5% vigente para o ano corrente”, diz o BC.

A meta de inflação tem como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. O mercado financeiro projeta o IPCA – a inflação oficial do país - abaixo do piso da meta, em 2,88% neste ano. Se a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015.

Na última sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que, de janeiro a novembro, o IPCA chegou a 2,5%, o menor resultado acumulado em 11 meses desde 1998 (1,32%).

Atividade econômica

Para o Copom, a economia “segue em trajetória de recuperação gradual, com avanços no emprego mesmo nessa fase inicial do processo”.

“Essa conjuntura tem produzido elevação das projeções de crescimento para o ano corrente e para 2018, consistente com diagnóstico de que a retomada mostra-se mais consolidada”, destacou o Copom.

(*) Texto alterado às 11h11 para acréscimo de informações