CNA pede a ministérios que intensifiquem escoltas de cargas

Publicado em 28/05/2018 - 16:52 Por Helena Martins – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) enviou ofícios para os ministérios da Defesa e da Segurança Pública solicitando a intensificação da escolta de produtos agropecuários em todo o Brasil. A organização pede apoio para a garantia da circulação de produtos perecíveis, como carnes, leites, frutas e hortaliças; cargas vivas e insumos para animais, especialmente rações.

No documento assinado pelo presidente da CNA, João Martins da Silva Junior, a organização aponta que a produção agropecuária já acumulou prejuízos, nos oito dias de protestos, que ultrapassam bilhões de reais. Ele alerta ainda que os danos causados ao setor agropecuário “estão tomando proporções irreparáveis, sob o ponto de vista econômico, social e ambiental”.

Caminhoneiros na BR-116, Rodovia Régis Bittencourt - REUTERS/Leonardo Benassatto
A greve dos caminhoneiros causou prejuízos de bilhões de reais para a produção agropecuária, segundo a CNA - Reuters/Leonardo Benassatto/Direitos Reservados

Entre os danos listados a partir de dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estão as mortes de 64 milhões de aves e o fato de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos estarem recebendo alimentação insuficiente.

Considerando que o cenário de preocupação segue mantido, a CNA ressalta “a urgência da priorização da escolta de produtos perecíveis e suprimento para a pecuária, para evitar a continuidade da mortandade de milhões de animais e o desabastecimento da sociedade brasileira com produtos alimentares”.

Os ministérios receberam os ofícios na tarde desta segunda-feira (28) e ainda não se posicionaram diante do pleito. Na última sexta-feira (25), o presidente Michel Temer assinou decreto determinando o uso das forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas.

Entre as ações autorizadas está a escolta de veículos que prestem serviços essenciais ou transportem produtos considerados essenciais, além da garantia de acesso a locais de produção ou distribuição de produtos essenciais. 

Edição: Fábio Massalli

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