Não há intenção de influenciar preço dos combustíveis, diz ministro

Publicado em 03/01/2019 - 20:27 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje (3) que não há interesse do governo em interferir na política de preços dos combustíveis.

“Não há intenção nenhuma do governo em influenciar na política de preços. O que nós estamos trabalhando, neste sentido, junto com a ANP, com a Petrobras, é dar mais transparência a esta política. Para que a população, a sociedade, entenda aquilo que ela está pagando. Quando damos transparência a esse processo, podemos fazer algumas correções, eliminar subsídios e tornar mais claro aquilo que é justo que seja pago pelo combustível”, disse o ministro, após participar da cerimônia de posse do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.

O ministro de Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima Leite, durante posse do novo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, no Rio de Janeiro.
O ministro de Minas e Energia participou da posse do novo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, no Rio de Janeiro - Fernando Frazão/Agência Brasil

Bento Albuquerque frisou que não haverá mais subsídio ao diesel, medida adotada pelo governo anterior para atender reivindicações dos caminhoneiros que entraram em greve. “Isso [subsídio] acabou no dia 31 de dezembro. Não é uma questão de subsídio ao diesel, é uma questão de nós deixarmos o mercado estabelecer os preços. Isso não pode ser feito só com o combustível. Tem que levar em consideração o frete e outras condicionantes que levam ao estabelecimento dos preços”, disse o ministro.

Questionado pelos jornalistas sobre o preço da energia elétrica, o ministro disse que os subsídios no setor serão "reanalisados e a gente acha que a conta de luz, para o consumidor, vai diminuir”. 

Segundo o ministro, para suprir a expansão da oferta, o setor de energia vai precisar, até 2027, de investimentos na ordem de R$ 1,8 trilhão, sendo R$ 1,4 trilhão no segmento de óleo e gás. Para garantir esses aportes, Bento Albuquerque disse que será preciso criar políticas públicas alinhadas com conceitos modernos de governança, oferecer previsibilidade, estabilidade regulatória e sólida regulamentação jurídica.

“O mercado apresenta boas projeções para o setor de petróleo e gás. Observamos uma intensa movimentação de investidores, ávidos por novas oportunidades, a partir de um novo ambiente de negócios. Os leilões de blocos exploratórios realizados recentemente já demonstraram essa confiança. A divulgação do calendário das próximas rodadas trouxe previsibilidade e esperança para toda indústria de petróleo e gás”, destacou, em seu discurso.

Edição: Carolina Pimentel

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