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Economia

SP: sete em cada dez lojistas preveem queda nas vendas do Dia das Mães

Fechamento de lojas devido à pandemia é principal entrave ao comércio
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/05/2020 - 18:09
São Paulo
Um mendigo caminha com seu cachorro em uma rua vazia com lojas populares fechadas, no primeiro dia de um bloqueio imposto pelo governo do estado por causa do surto de doença por coronavírus (COVID-19)
© REUTERS/Amanda Perobelli

Sete em cada dez lojistas do estado de São Paulo preveem queda nas vendas para o Dia das Mães deste ano com relação a 2019, segundo pesquisa realizada pela Federação das Câmaras Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo. Para os comerciantes, a principal dificuldade está no fechamento das lojas por conta da quarentena adotada para evitar a disseminação do novo coronavírus. A pesquisa apontou ainda que as pequenas e médias empresas ainda estão no processo de transformação da loja física para a virtual.

Os dados mostram que somente 20% dos empresários consideram um aumento das vendas, devido à utilização das lojas virtuais, e que 10% têm expectativas de que o Dia das Mães seja estável, sem crescimento ou números negativos nas vendas, com relação ao ano passado.

“O Dia das Mães é considerado a segunda data mais importante para o varejo. As vendas nesse período têm um peso importante para os comerciantes, porém, devido a quarentena no varejo, isso afeta diretamente o faturamento dos empresários, principalmente os pequenos negócios. Lojas de vestuário e calçados podem ser as mais afetadas”, disse o presidente da federação, Maurício Stainoff.

O e-commerce é sugerido por especialistas como uma alternativa para dar continuidade às vendas. No entanto, a pesquisa mostrou que 60% dos lojistas estão em fase de adaptação para começar a trabalhar no formato, 30% já trabalhavam com vendas em lojas virtuais e 10% acreditam que o e-commerce não é uma solução ativa de venda.

Em relação ao adiamento do Dia das Mães, 75% dos lojistas acham que não é uma boa opção por conta de a data estar próxima e porque o feriado pode coincidir com as vendas no mês do Dia dos Pais, gerando sobrecarga nos consumidores. Segundo a pesquisa, 25% supõem que a transferência da data para o segundo semestre pode ser uma boa oportunidade para ajudar no aumento das vendas.