Sindicatos e movimentos sociais repudiam fechamento de escolas em São Paulo
Sindicatos e movimentos populares fizeram hoje (2) um ato contra o fechamento de escolas e a reorganização do ensino público proposto pelo governo paulista, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), com participação de entidades que compõem o Grito pela Educação Pública de Qualidade no Estado de São Paulo. “Em vez de dialogar, o governo tem usado polícia como método. Em vez de abrir o debate em torno de uma política educacional includente, tem enfrentado os estudantes que estão fazendo as ocupações e, de forma muito guerreira, fazendo uma luta contra essa reorganização”, disse a presidente da Apeoesp, Maria Isabel Noronha.
O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (Umes), Marcos Kauê, ressaltou que os estudantes estão fazendo história e iniciando a mudança do país: “Dizem que a juventude é o futuro do país, que a juventude vai mudar a situação que está posta. Então, nós estamos começando pelas nossas escolas e tornando as escolas cada vez mais democráticas. A gente sabe como faz e como a gente tem força”.
Para o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, a reorganização proposta pelo governo é uma política alinhada com o ajuste fiscal e pretende fechar escolas para economizar dinheiro: “Essa reorganização é uma política de corte de verbas, de ajuste fiscal no estado de São Paulo, aplicada da maneira mais perversa na área da educação, com fechamento de escolas e com superlotação de salas de aulas de outras escolas. Não se trata aqui de debate de alternativas pedagógicas, se trata de um debate de um governo que quer economizar dinheiro fechando escolas”.