Cartilha do MEC orienta retorno às aulas presenciais para surdos

Material traz orientações como o uso de máscara transparente

Published on 17/04/2021 - 08:41 By Daniella Longuinho - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

As escolas precisaram se adaptar para o retorno às aulas presenciais em um período de pandemia. E onde existem alunos com deficiências, especialmente a auditiva, alguns cuidados a mais precisam ser adotados para não prejudicar a comunicação e o aprendizado deles.

O Ministério da Educação lançou uma cartilha com orientações para garantir a retomada com segurança do atendimento educacional bilíngue para a comunidade surda, em português e em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

Uma das principais recomendações é a distribuição de máscaras faciais transparentes para estudantes e professores, já que a máscara comum atrapalha a comunicação de pessoas surdas, com deficiência auditiva ou surdocegas, que necessitam visualizar as expressões faciais e movimentos de boca para uma comunicação efetiva.

A organização das cadeiras em sala de aula, que costuma ser em círculos, para garantir o contato visual, deve respeitar o distanciamento de, no mínimo, uma cadeira vazia entre dois estudantes.

A diretora de Educação Bilíngue de Surdos do Ministério da Educação, Crisiane Bez Batti, explica que o formato híbrido, com ensino presencial e remoto, tem atendido os estudantes que não dispõem de condições de acesso às aulas virtuais. A diretora do MEC, que é surda, concedeu entrevista por meio de uma intérprete.

A cartilha ressalta que, para os estudantes surdocegos, os cuidados devem ser redobrados, já que o contato físico é indispensável para garantir a comunicação. Nesse caso, os guias-intérpretes dos estudantes com múltipla deficiência sensorial são orientados a usar luvas, além de máscaras transparentes, e manter a higiene frequente das mãos. 

Carla Sofia Pereira, presidente do Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e Deficiente Múltiplo Sensorial, agradece e reforça a importância desse material para a comunidade.

Além das escolas, instituições que prestam atendimento educacional especializado para surdos, como é o caso do Instituto Nossa Senhora do Brasil, em Brasília, são beneficiadas com a cartilha. É o que destaca Maria Liliane do Nascimento, tutora da entidade.

A cartilha com orientações de volta às aulas para estudantes surdos está disponível no site do MEC e será disponibilizada às escolas por meio de arquivos ou mídias digitais.

Edition: Bianca Paiva/ Sumaia Villela

Últimas notícias
Health

Dengue: vacinação pode levar até 8 anos para reduzir transmissão

Diretor-geral da Organização Pan-americana da Saúde destacou que, por se tratar de uma vacina recém-aprovada por agências de vigilância sanitária, é importante que os sistemas de saúde nas Américas monitorem o cenário.

Baixar arquivo
Economy

Banco Central revisa para cima expectativa de aumento do PIB

A economia deve crescer ainda mais neste ano, de acordo com o Banco Central. No Relatório de Inflação, publicado nesta quinta-feira (28), a entidade revisou a expectativa de aumento do PIB de 1,7 para 1,9%.

Baixar arquivo
General

Morro da Capelinha terá 150 mil fiéis para acompanhar via-sacra no DF

A programação começa nesta quinta-feira com a encenação da Última Ceia . Na sexta, a Paixão de Cristo começa às 14h. 

Baixar arquivo
Economy

Turismo no carnaval gera mais de R$ 2,3 bilhões para o Rio de Janeiro

O valor considera despesas com hospedagem, restaurantes, entretenimento e compra de produtos. Entre os entrevistados, 92% estavam na cidade, entre os dias cinco e 19 de fevereiro, por lazer, férias e atraídos pela folia.

Baixar arquivo
General

Governo do Rio pede manutenção da Força Nacional em rodovias do estado

Cerca de 300 agentes participam de operações nas rodovias federais fluminenses desde outubro do ano passado, em cooperação com a Polícia Rodoviária Federal e as forças de segurança do estado.

Baixar arquivo
Human Rights

MDHC apura bullying contra aluna autista em escola no interior de SP

A estudante foi espancada e deixada seminua no ginásio da escola, que fica no interior paulista. A mãe da vítima afirma que essa não foi a primeira discriminação capacitista sofrida na escola.  

Baixar arquivo