As árvores de áreas atingidas por incêndios continuam morrendo ao longo de dez anos após o fim das chamas. É o que apontou uma pesquisa feita em uma área experimental no Sudeste Amazônico, uma área de transição entre a floresta e o Cerrado. O experimento mostra os efeitos de longo prazo das queimadas, que em 2024 já alcançaram o recorde dos últimos 14 anos no Brasil.
Segundo o biólogo Leandro Maracahipes, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e da Universidade de Yale, responsável pelo trabalho na Amazônia, com o apoio do Instituto Serrapilheira, há chance de recuperação. Mas é imprescindível evitar novos incêndios.
No entanto, segundo ele, se não houver controle, os riscos podem ser ainda maiores.
Em entrevista ao Repórter Nacional, Leandro Maracahipes, também destacou que a situação é mais preocupante em panoramas como o atual, quando há falta de chuvas e seca recorde. E explica outros prejuízos secundários das queimadas.
Mato Grosso, Pará e Amazonas lideram o ranking de queimadas no país em 2024, segundo dados do Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. As queimadas atingem biomas importantes como a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado. De acordo com as autoridades, a grande maioria dos focos são causados por ação humana. A Polícia Federal já abriu mais de 30 inquéritos para investigar as origens do fogo.
*Matéria atualizada em 10/9/2024 para acréscimo de informações.