Defensoria Pública do RJ recebeu 1.250 denuncias de agressões a presos

De junho de 2019 e agosto de 2020, o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro recebeu 1.250 denúncias de pessoas que alegam ter sofrido agressões físicas e psicológicas quando presas. As violações, na maioria, teriam sido praticadas por policiais. 96% são homens, quase sempre pretos ou pardos, com idades entre 18 e 40 anos e com baixa escolaridade.

Os dados estão no relatório de Prevenção e Combate à Tortura apresentado nesta sexta-feira pela Defensoria Pública do Rio.

Agentes da Polícia Militar são citados por 87% das vítimas como os responsáveis pelos maus-tratos. Número acima do percentual apresentado em 2019, que foi de 73%.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que a Corporação não comentará relatório baseado apenas na oitiva dos presos em audiência de custódia, sem qualquer comprovação técnica em exame de corpo de delito.