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Santé

Pobreza e precarização do trabalho aumentam o risco de doenças mentais

Aponta relatório "A economia do bournot: pobreza e saúde mental”
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Solimar Luz - repórter da Rádio Nacional
11/11/2024 - 07:51
Brasília
trabalho escravo
© Divulgação MPT

Estima-se que 11% da população mundial sofre de algum tipo de transtorno mental; o que representa mais de 970 milhões de pessoas com ansiedade, esgotamento e depressão. E esse quadro tem avançado entre a parcela mais pobre.

O novo relatório "A economia do bournot: pobreza e saúde mental”, divulgado pela Organização das Nações Unidas, aponta que o trabalho precário agrava ainda mais a saúde mental. Colaboram para isso o medo do desemprego, a falta de poder de negociação com os patrões, baixos salários e jornada de trabalho, que impossibilita o equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

Para a psicóloga Denise Milk, a pressão constante, gerada pela falta de dinheiro, pode levar ao esgotamento, com impacto negativo tanto na vida pessoal quanto profissional das pessoas…

A psicóloga destaca que cuidar da saúde mental no trabalho é essencial para prevenir transtornos ainda mais graves.

Construir uma sociedade onde o ser humano é valorizado para além do que produz é apontado como um dos caminhos. Denise Milk destaca o papel fundamental de governos e sociedade para enfrentar o que já está sendo visto como uma epidemia de depressão e ansiedade, principalmente entre os mais pobres.

Com mais de US$ 1 trilhão de perdas econômicas anuais, o relatório alerta que as consequências do aumento dos problemas de saúde mental afetam não só os indivíduos, mas a sociedade como um todo. E é dever de todos buscar soluções.