O grupo considerado o principal núcleo de comando do crime organizado no estado do Amazonas foi alvo nesta segunda-feira de uma força integrada.

Ao todo, foram bloqueados R$ 122 milhões dos suspeitos, além do cumprimento de cinco mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão na capital Manaus e em Guarujá, no litoral paulista.
Segundo as investigações da Polícia Federal, um dos líderes dava ordens diretas ao grupo, mesmo estando na Colômbia. O investigado foi ligado a um carregamento de mais de duas toneladas de maconha e cocaína, apreendido em setembro do ano passado no bairro Armando Mendes, zona leste de Manaus. Na época, a carga foi avaliada em mais de R$ 40 milhões.
Para lavar o dinheiro, ele usava terceiros em um complexo esquema financeiro. Os valores eram lavados por meio de fintechs, empresas de fachada e pagamentos paralelos. As transações funcionavam por aplicativo, com menos fiscalização que o sistema bancário tradicional. A polícia estima que mais de R$ 120 milhões teriam circulado nessa rede clandestina.
Parte dos recursos, depois, era convertida em criptoativos e enviada ao exterior, especialmente para a Colômbia, como pagamento aos fornecedores das drogas. As investigações tiveram cooperação de autoridades policiais colombianas.