Infectologista adverte para risco de doenças geradas pelo lixo no Rio

Publicado em 06/03/2014 - 14:14 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Rio de Janeiro -  Na Lapa, devido à greve dos garis, o  lixo deixado por foliões e ambulantes ocupa as calçadas e os cantos de algumas avenidas (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O lixo acumulado desde o início do carnaval na capital fluminense, devido à paralisação de um grupo de garis, contribui para a proliferação de ratos e outros roedoresTania Rego/Agência Brasil

O professor de infectologia pediátrica e diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowski, fez o alerta hoje (6), no Rio de Janeiro. O lixo acumulado desde o início do carnaval na capital fluminense, devido à paralisação de um grupo de garis descontentes com o acordo firmado pelo sindicato da categoria com a prefeitura, contribui para a proliferação de ratos e outros roedores que se alimentam desses detritos.

“Fora a possibilidade de aumento de moscas, lacraias e baratas -  insetos que também transmitem doenças”, disse Migowski à Agência Brasil.

O professor da UFRJ advertiu, que com as chuvas de março, que encerram o período de verão, existe a possibilidade de enchentes. “E aí, esse lixo, cheio de papel higiênico sujo e urina de rato, pode trazer riscos de hepatite A, leptospirose. Ou seja, várias doenças que podem surgir do lixo”.

O infectologista avaliou que um dos pilares da saúde pública, que é o recolhimento regular de lixo, está comprometido. “Quando se compromete o recolhimento regular de lixo, você pode favorecer o desenvolvimento de várias doenças infectocontagiosas. É uma realidade preocupante”, salientou.

Edição: Valéria Aguiar

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